Impunidade: Oficial do Ministério do Interior faz-se valer da sua posição e agride mulher de 28 anos



Em pleno Mês da Mulher, um oficial do Ministério do Interior, de nome Miranda Campos Major, também conhecido por “Miro”, com a patente de superintendente-chefe, saído recentemente do edifício 1 do Comando Geral e colocado no Edifício do Ministério do Interior,  está a ser acusado pela cidadã Luísa Emília Jerónimo Chikalanga de ater agredido por se fazer valer da posição que tem.


De acordo com a jovem que procurou o Na Mira do Crime para denunciar a agressão, o oficial da Polícia Nacional é dono de um estabelecimento comercial situado no Zango 0, onde funciona a sua prima.



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No último domingo, 07, a vítima deslocou-se ao bar para ajudar levar quatro grades de cervejas vazias, que a prima tinha dado emprestado ao oficial, para ajudar num óbito que estava sem sua casa.


No domingo, conta, a prima avisou ao chefe que havia de levar as grades, já que tinha companhia da prima. O acusado, pediu que a mesma aguardasse no local.


“Quando ele chegou, eram por volta das 20horas e viu às grades vazias na porta do bar, e perguntou a minha prima o que as grades estavam aí a fazer, ela disse que já tinha avisado ao chefe que levaria as grades naquele dia”, lembrou.


No entanto, quando Luísa notou que as grades estavam a entrar outra vez ao estabelecimento, questionou a prima o porquê, motivo que fez com que o agente da autoridade se zangasse com a mesma.


“Ele começou a dizer que eu era mau exemplo e que poderia incentivar a minha prima a roubar, perguntei porque dizia aquilo e mandou-me calar a boca, ameaçando que agredia se não me calasse”, denunciou, acrescentando que, quando dava costas ao senhor para ir embora, o mesmo segurou no porrete que tinha em mão e começou a bater nela.


“Bateu-me várias vezes com o porrete nas costas, mãos e ombros”. O agressor, explica, quando notou que a mesma retirava o telefone da pasta que tinha para chamar a polícia, voltou a agredi-la. Não satisfeito, recebeu o telefone atirou ao chão e partiu com o porrete.


  “Eu perguntava ao senhor por que que estava a me agredir, ele chegou próximo de mim e disse que se eu voltasse a falar ia me partir os dentes”.


Queixa a polícia sem pés para andar


 “No mesmo dia desloquei-me a esquadra do Zango 0, que está mesmo próximo ao bar e a casa do senhor e fiz uma participação a Polícia…os polícias ligaram para o senhor para saber porque tinha me agredido, mas ele dava berro e disse que não eram horas para a polícia ligar para ele”, explicou.


De acordo com a jovem, segunda-feira foi ao posto de Polícia do Zango 0 e estes disseram que deveria se deslocar ao Comando Municipal de Viana, para dar sequência ao caso. No entanto, na manhã de ontem, sexta-feira, 12, esteve no Comando de Viana, e  foi-lhe dita que o processo ainda não se encontra no Comando.


“Acho que ele deve estar a impedir que o processo segue os seus tramites legais, ele bateu-me muito, partiu o telefone e continua impune”, lamentou.  


Não tenho medo da imprensa


Contactado pela Nossa equipa de reportagem, por telefone, às 15h30 minutos de sexta-feira, 12, o oficial da Polícia disse que não queria falar na sexta-feira por se tratar de um final de semana.


“Não tenho medo da imprensa chantagista, ela estava a roubar na minha casa, se o senhor Osvaldo quiser que fale comigo na segunda-feira…”, disse.


É recorrente oficiais da PNA usarem a violência para fazer valer a sua posição de autoridade, neste caso, questiona-se a motivação da agressão a jovem, uma vez que, pressupõe-se que seja conhecedor da lei. Se o mesmo achou que estava a ser furtado ou roubado, tinha uma esquadra a escassos metros da sua casa.


Na Mira do Crime



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