Estamos a morrer de fome: Antigos funcionários do banco de Kundi Paihama aguardam indemnização a mais de dois anos

Em uma nota enviada à redação do Lil Pasta News, os ex-trabalhadores do BANC lamentam a morosidade na resolução da situação deles.

Ler abaixo a nota na íntegra

Ao presidente da República

Aos Deputados da Assembleia Nacional Ao Tribunal Provincial de Luanda

Ao Governador do BNA

Assunto: Grito de Socorro Sobre as Nossas Indemnizações

Nós, ex-trabalhadores do Banco Angolano de Negócios e Comercio (BANC), clamamos por socorro aos nossos representantes neste país.

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Somos pais e mães de Famílias que estamos a morrer de fome por falta de emprego. Muitos de nós estamos a viver de doações das nossas famílias, dos amigos e vizinhos como de mendigos se tratássemos.

Desde que o BANC lhe foi retirado a licença já se passaram dois anos e até agora não se diz alguma coisa sobre as nossas indemnizações, Portanto já é tempo para sermos ressarcidos e seguirmos as nossas vidas porque já não estamos a aguentar viver na penúria.

Viemos clamar as entidades acima mencionadas, para que nos ajudem a obter com maior brevidade possível as nossas indemnizações, para que possamos fazer alguns negócios e assim apostarmos no auto emprego que também é um dos objectivos do nosso executivo.

A Administração da Massa Falida do Extinto BANC, afirmou em conferência de imprensa que já recuperou mais de 341.000.000,00 (Trezentos e Quarenta e Um milhões de Kwanzas) dos devedores, sem contar com a venda dos activos do BANC (só com as vendas das Viaturas, ATM ́s e Mobiliários é suficiente para a nossa indeminização sem contar com a venda da sede e de outras agências).

Sabendo que a divida com os ex- trabalhadores esta estimada em aproximadamente 310.000.000,00 (Trezentos e Dez milhões de kwanzas). Por favor podem nos pagarem a nossa dívida ou seja começarem a nos indemnizarem para podermos começar a fazer alguma coisa porque a nossa barriga já não aguenta esperar, mas também não queremos ser ladrões.

Não estamos a pedir emprego, queremos apenas o que nos é devido para podermos sobreviver, já que viver para nós tem sido uma utopia.

Deixem de burocracia e pensem que se trata de vidas humanas que estão a mendigar para que sejam ressarcidos o que tem direito, para vocês que tem sempre comida na mesa, podem afirmar que estão a trabalhar no assunto que já vai a caminho de 3 anos, o mesmo período que muitos de nós estão sem trabalhar e suficiente para que possam nos matar lentamente por falta de sustento nos nossos lares.

Alguns de nós as famílias se desestruturaram e até casamentos de longos anos foram deitados por terra por não conseguirmos sustentar o nosso lar. Também temos colegas licenciados, mestres ou outros graus superiores mas não encontramos empregos pela condição sócio económica que o país vive e muitos casos por não termos padrinhos na cozinha que ainda é o mal que enferma esse país.

Ao nos pagarem vamos criar o auto-emprego e quiçá ajudar os outros jovens que se encontram na mesma situação que a nossa!

“Estamos a morrer de Fome Ajudem-nos”

Já diz o ditado.

“Barriga vazia não tem ouvidos”