A radialista Elisa Coelho da Cruz, uma veterana da Rádio Nacional de Angola, ainda recentemente distinguida com um diploma de mérito pelo ministro Jomo Fortunato, em decorrência do seu valioso contributo ao desenvolvimento da cultura angolana nos últimos 30 anos, pode vir a candidatar-se ao cargo de secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), soube hoje de muito boa fonte, que não adiantou mais pormenores, todavia.
Suspeito que isso possa ter algo a ver com o protesto que apresentei ontem, após saber que o sindicato iria alegadamente a votos muito em breve com apenas uma lista, o que para mim representaria um golpe ao desenvolvimento da nossa democracia, já que é inconcebível que uma coisa tão atrasada, própria dos tempos das gloriosas Fapla, ainda seja capaz de ocorrer num universo tão intelectualizado e pluralista como é o dos jornalistas. Que alguém apresente mais uma lista, ainda que for só da pimpa, ironizei a fechar, mas a falar muito a sério.
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O designer Armindo Dalas, com quem já trabalhei no Jornal de Angola e no Folha 8, provocou-me, propondo para que seja eu mesmo a apresentar uma lista alternativa a que deverá ser «exibida» pelo incumbente Teixeira Cândido, embora não se saiba já em concreto se ele concorrerá ou não pela sua sucessão, como lembrou a Maria Luísa Rogério, por sinal sua antecessora. Eu discordei da sugestão, por ainda não me sentir preparado para uma responsabilidade dessas, na minha actual condição de invisual, sem no entanto descurar a possibilidade de integrar alguma «chapa» numa posição secundária.
Já o Martins Domingos Marques, outro «habitué» da minha página, tratou de ameaçar a concorrência, não sei se industriado a propósito, dizendo que «enfrentar o Teixeira Cândido é uma aventura», por o actual secretário-geral do sindicato dos jornalistas angolanos, segundo ele, reunir consensos. Respondi-lhe mais ou menos assim: «Não seja tão redutor, como os fanáticos do Glorioso, que depois tem de fazer batota, para poder ganhar».
Ao contrário do que apontei ontem, o congresso dos jornalistas, creio que o quinto, só se realizará na segunda quinzena de Abril, como confirmou a agora presidente da comissão da carteira e ética, que continua muito ligada ao sindicato, sem apontar entretanto qualquer data indicativa para a convocação do conclave de Abril.
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