Num passado recente, por esta altura do ano, as páginas dos jornais e os espaços de rádios enchiam-se de rasgados elogios aos feitos do «camarada» Presidente JES, a figura central da épica batalha do Cuito Cuanavele.
«Mercenários da caneta» luso-angolanos, generais no activo ou na reserva esmeravam-se por escolher os melhores adjectivos para emoldurar o quadro do personagem, a quem os angolanos e os povos africanos, na óptica dos escribas, «deviam o presente, passado e, talvez, o futuro». Os fotógrafos procuravam as melhores fotos do homem que havia insuflado o «Oxigénio da Paz».
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Ao aeroporto internacional «4 de Fevereiro» chegavam delegações e individualidades estrangeiras para aqui renderem a homenagem à figura que, para a máquina de propaganda do regime, teria alcançado a vitória militar quase Sozinho, mesmo sem que alguma vez tivesse posto os pés no teatro da guerra.
Rendido aos elogios, aos exercícios contorcionistas e escabrosos dos aduladores, o homenageado esboçava trejeitos de aceitação interpolados por breves sorrisos.
No final do ritual, os visitantes apresentavam os seus «cadernos de encargos» pela empreitada política... Naquela altura, Luanda era escala quase obrigatória de estadistas e políticos africanos que aportavam o país, em busca do novo El dourado africano.
Angola nadava em Petrodólares e a governação tudo fazia para que o país e, sobretudo, o seu «Arquitecto da Paz» fossem conhecidos no mundo como a nova potência africana, ainda que o seu povo estivesse mergulhado na mais extrema pobreza.
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