ÁFRICA TEM QUE SE AUTO-DESCRIMINAR- Belarmino Van-Dúnem


 

21 de Março é o Dia Internacional Contra a Discriminação racial

Até agora o fóssil  mais antigo de um ser humano da era primitiva foi encontrado em África, trata-se de Lucy também conhecida por Dinknesh, foi encontrada na região de Hadar no Afar Triabgle no Vale do Rift.

 Daí a reafirmação da teoria de que África é o continente berço do humanidade. Portanto, o homem e a mulher africanos são o pai e a mãe da humanidade. 



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Está provado que mesmo no continente africano existem grupos étnico/linguístico com tons de pele mais clara ou mais escura, portanto, usar o tom de pele das pessoas para discriminar é, sem sombra de dúvidas, uma abominação.

Há necessidade de resgatar o orgulho de todos os cidadãos africanos, independentemente do seu tom de pele, os africanos têm um cultura secular com civilizações cuja influência pode ser constatada actualmente.

Ao longo da história, desde o encontro entre os povos da Europa, África e das Américas, os povos de África foram submetidos à várias sevícias e a negação do seu próprio modus vivendi: os povos de África foram retirados a força das suas terras, obrigados a negar a sua língua, nome e todos os hábitos e costumes, tudo isso consumado na escravatura. 

Assim tudo que é africano passou a ser considerado mau, ser africano e ser negro passou a sinónimo de atraso, quando na verdade o berço da humanidade está em África. 

Há casos caricatos em os descendentes de africanos acabaram por ter nomes que apagam completamente a sua origem e até com sinais claros de desumanidade. 

Por exemplo, muitos escravos adultos eram obrigados a negar os seus nomes e a adoptar o nome dos seus Senhores (escravocratas). Assim até os nossos dias muitos afro-descendentes têm apelidos ligados aos Senhores que escravizaram os seus antepassados e perderam todas as referências das suas origens reais.

Por outro lado, há apelidos absolutamente inaceitáveis como por exemplo, identificar as pessoas pelo trabalho que lhe era obrigado a fazer e noutros casos negar a sua própria essência em que muitos Homens Negros foram obrigados a adoptar apelido “White”, Branco em português. 

Mas como é que alguém é capaz de dar à um Homem negro o nome de Branco? há nesses casos uma clara intenção de abusar, debochar e humilhar.

Os negros americanos nos anos 60/70 entraram numa luta desenfreada de mudança de nome, entre os mais famosos destacam-se o campeão mundial de boxe de todos os tempos Cassius Marcellus Clay que no início dos anos 60 mudou o nome para Mohammad Ali - Haj, após ter se convertido à confissão Nation of Islam (Nação do Islão), uma versão pan-africanista do Islão. 

Outra figura icônica que mudou de nome é Malcolm Little que adoptou o nome de Al Hajj Malik Al-Shabaka mais conhecido por Malcolm X, nome que adoptou durante o período de transição do nome de origem escrava para o nome de liberdade psicológica e social. 

Malcolm X é um dos pan-africanista afro-descendente mais conhecido mundialmente pelas suas ideias, tendo sido fundador da Organização para a Unidade Afro-americana.

Apesar desse passado histórico bastante doloroso, os africanos continuam de cara levantada, conseguiram a sua autodeterminação e são livres. Embora a luta agora é convencer uma parte dos africanos que o bem-comum é mais útil e traz mais felicidade que a acumulação privada de bens a custa do sacrifício do seu próprio povo.

Há um longo caminho a percorrer para que a igualdade entre todos seja uma realidade e a cor da pele do indivíduo não seja motivo para discriminação.

Mas Tudo deve começar pela valorização dos povo africanos pelos próprios africanos. 

Enquanto em África o sentido de pureza e de engrandecimento do próprio africano não for levado ao extremo, continuaremos a sofrer com a discriminação. 

África deve procurar a sua  autonomia e servir o seu povo porque se continuar a exportar problemas, viver de mão estendida como pedintes nunca seremos valorizados e continuaremos a prejudicar os nossos irmãos descendentes de África que se encontram além fronteira.



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