Pular para o conteúdo principal

Postagem em destaque

1.° De Agosto em risco de descer de divisão por dívidas

Abel Cosme está livre e solto, gastando o dinheiro que roubo do povo em Portugal: Por ter dupla nacionalidade PGR não está conseguir extraditar o homem que faliu a TCUL

 



Reina um grande secretismo à volta de determinados processos no âmbito do combate à corrupção e crimes conexos, situação que está a gerar enorme expectativa em meios da sociedade angolna e não só, o que vai causando especulações diversas quanto ao tratamento que as autoridades vão dando aos vários casos.


Um dos casos de que mais se fala é o do antigo presidente do Conselho de Administração da empresa de Transportes Colectivos Urbanos de Luanda (TCUL), Abel António Cosme, cujo processo de extradição de Portugal para Angola, ao que tudo indica, terá “encalhado”, como tem acontecido com muitos outros processos de criminosos que delapidaram o erário público.



Fisioterapia ao domicílio com a doctora Odeth Muenho, liga agora e faça o seu agendamento, 923593879 ou 939790758

Hoje por hoje, em relação a este processo, a PGR ‘não tuge nem muge’ e as suposições públicas alimentam especulações como a de que as autoridades angolanas nada podem fazer contra Abel Cosme, porque o indivíduo tem dupla nacionalidade, angolana e portuguesa, pelo que, apesar de ter sido detido em Portugal, como cidadão português não cometeu nenhum crime naquele país e não pode ser extraditado para Angola.


A este propósito, sendo verdade tais alegações, cabe às autoridades criminais e/ou judiciais angolanas, mormente a PGR, esclarecer os cidadãos e a opinião pública em geral, sobre os procedimentos legais da situação, para evitar mais dúvidas quanto à seriedade do sistema de justiça em Angola, assim como do combate à corrupção.


É comum a referência de que a maioria dos dirigentes angolanos tem dupla nacionalidade, principalmente angolana e portuguesa, para poderem delapidar à vontade o erário público nacional e, caso caíam nas malhas da justiça, possam fugir e ‘resguardar-se’ no seu ‘outro país’, beneficiando o produto dos roubos sem prestar contas.  


Abel António Coeme, fugitivo da justiça angolana, como foi largamente noticiado na altura, foi entregue às autoridades portuguesas, depois de ter sido detido em Portugal com a intervenção da Interpol, e deveria ser presente a um juiz naquele país europeue, local da detenção, para, posteriormente, ser extraditado para Angola, país onde cometeu os crimes.


Contudo, volvidos cerca de três meses, o caso caiu num «silêncio tumular» e da badalada extradição nunca mais se voltou a falar.


O antigo PCA da TCUL, ausentou-se do país desde o dia em que foi anunciada a prisão de Augusto Tomás, antigo ministro dos Transportes, alegadamente por motivo de doença e nunca mais voltou.


A este propósito o Governo angolano encetou demarches para encontrar o indivíduo que se encontrava desaparecido e já não era visto nas instalações da empresa TCUL há mais de três meses. A 15 de Outubro de 2018, Abel António Cosme foi constituído arguido pela Procuradoria-geral da República de Angola num processo relativo ao desvio de fundos do Conselho Nacional de Carregadores (CNC), um organismo tutelado pelo Ministério dos Transportes.


Vários são os casos de ex-dirigentes que aproveitaram-sedos cargos que exerciam para desgraçar o país e depois, mesmo sob alçada da justiça acabaram por fugir do país e nunca mais se disse nada sobre os seus processos. Dois desses casos, que têm sido igualmente muito referenciados, são os que envolvem Ismael Diogo da Silva, antigo diplomata e ex-presidente da Fundação Eduardo dos Santos (FESA) e Joaquim Sebastião, antigo director do Instituto Nacional de Estradas de Angola (INEA).


Recentemente, revelou-se que a PGR estaria a ponderar novos nomes que poderão ser chamados em breve para Julgamento. O Procurador-geral Hélder Pitta Grós revelou a 29 de Dezembro passado que, dos mais de 1.500 processos a decorrerem os seus trâmites na Procuradoria-Geral da República (PGR), estava a ser dada prioridade aos de Aldina da Lomba e Higino Carneiro, a par dos de Hélder Vieira Dias “Kopelipa” e Leopoldino do Nascimento “Dino”. 


Porém, desde que o Procurador-geral fez o anúncio publicamente, referindo a conclusão dos tais processos-crime para que os arguidos sejam presentes ao tribunal, nada mais se disse, parecendo que todos estão num impasse, sendo mais uma situação que tambem motivaespeculações sobre um possível «engavetamento» dos mesmos.


O julgamento de Manuel Rabelais está no fim e cerca de três meses depois de Hélder Pitta Grós ter garantido que os processos, seriam presentes ao tribunal, não há nenhum sinal de que isso venha a acontecer, assim como ainda não se sabe nada sobre o levantamento das imunidades dos deputados Higino Carneiro e Aldina da Lomba, para que, no âmbito dos processos-crime que decorrem os seus trâmites, possam ser julgados, considerando que o procurador informou também, na altura, que a Assembleia Nacional fora já notificada pela PGR para os devidos efeitos.


Não será portanto de admirar se dentro de dias se ouvir dizer que estes também se ‘ausentaram’ (fugiram) do país, em meio a diversas justificações. 


Há ainda o caso de Manuel Vicente que permanece num ‘labirinto’ obscuro, apesar de, a cada dia, novas acusações se somarem às muitas anteriores.


Enquanto isso, muitos outros delapidadores do erário público que aproveitaram-se dos cargos que exerciam para desgraçar o país, e que devem, igualmente, prestar contas à justiça, continuam impunes, com boa parte deles «camuflados» em deputados na Assembleia Nacional na bancada parlamentar do MPLA, partido maioritário, beneficiando das «santas» imunidades.


Todos eles, apesar de acusados de peculato, nepotismo, tráfico de influência, associação criminosa, branqueamento de capitais e muito mais, têm merecido alguma «benevolência», mesmo em face da gravidade dos seus crimes de lesa-pátria e que se consubstanciam como crimes de alta traição contra o país. 


Tal situação tem criado no meio social angolano algumas convulsões e os cidadãos, bastante agastados, também pelos apertos em que estão a viver, em grande medida por culpa de dirigentes que desgraçaram (continuam a desgraçar) o país roubando as riquezas nacionais em proveito próprio, exigem que as autoridades, no domínio do tão propalado combate à corrupção, apliquem de facto a justiça.


Nesta esteira, as autoridades judiciais e criminais, com destaque para a PGR,  têm sido apontadas de usarem «dois pesos e duas medidas» no tratamento de processos, «apertando» uns e «aliviando» outros, alegadamente por «conveniências» e «ordens superiores», mas inclusive, porque acredita-se que alguns funcionários seus sejam acusados de receber supostos subornos para facilitar e até isentar alguns indivíduos dos crimes que cometeram, como os  dos que fugiram do país, não obstante as medidas de coação a que estavam sujeitos.

Jornal 24 Horas 



Lil Pasta News, nós não informamos, nós somos a informação 

Comentários