O NOVO CICLO DE PEDRO TETA- SEVERINO CARLOS

Presos como temos andado nos últimos dias a um corrupio de eventos negativos em Angola -- em que dobrando só sai sangue, corrupção e todo um conjunto de coisas que apenas representam um “atraso de vida”--, cai como um alívio tomar conhecimento que algumas das “inteligentsias” da governação anterior do País afinal não estão obcecadamente presas ao passado e pretendem servir e ser útil de outra maneira.

O Prof. Pedro Sebastião Teta é um desses exemplos. Falamos do engenheiro especializado em automação, computadores e cibernética -- este mesmo que foi vice-ministro da Ciência e Tecnologia e, posteriormente, vice-ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação.

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Apesar de ser, actualmente, administrador executivo do Fundo Soberano de Angola, Pedro Teta não hesitou em assumir vários novos desafios que por certo representam um ciclo diferente da sua vida. Ele é desde Janeiro passado membro do “board” da Associação Africana de Cibernética, com o cargo de vice-presidente. Preside o organismo a congolesa democrática Nathalie Kienga, enquanto o secretário-geral é o marfinense Franck Kie.

Recentemente criada e com sede na Cidade da Praia, Cabo Verde, a instituição que conta com o beneplácito da União Africana constituir-se-á numa plataforma de reflexão no domínio da ciberdefesa no continente africano.

Inscrevem-se entre as suas primeiras acções promover a formação de especialistas nesse domínio e certificar o tipo de formação.

Por outro lado, Pedro Teta foi eleito recentemente presidente da assembleia-geral da Associação Angolana de Tecnologias de Informação e Comunicação (APETIC). Trata-se de uma organização privada de âmbito nacional que, entre as suas principais finalidades, se propõe promover o desenvolvimento dos profissionais e das empresas do país que actuam nas áreas das TIC’s. Estudantes e empreendedores estão igualmente no raio de acção do organismo, que realizará fóruns, congressos, palestras, workshops e cursos, incentivando serviços em colaboração ou não com os poderes públicos e iniciativa privada.

Ao avançar para esses novos desafios profissionais, mais ligados à causa do progresso e da ciência, Pedro Teta indica aos seus coetâneos em Angola que o mundo não se esgota na política, havendo vida para além dela.

E mais importante mesmo é que há domínios onde os antigos servidores públicos do país podem simplesmente continuar a revelar-se úteis -- passando assim sem turbulência o testemunho à nova geração e prosseguindo a vida com dignidade e decência.