Francisco José Jerónimo, de 35 anos de idade, também conhecido por Bad Lé, efectivo das Forças Armadas Angolanas (FAA), morreu nas celas do Comando policial do Kilamba Kiaxi na quinta-feira 04, em circunstâncias por esclarecer.
Domingas Agostinho, mãe do malogrado, que falou em exclusivo ao Na Mira do Crime, acusa agentes da Polícia de terem morto o seu filho.
“O meu filho foi detidos às 20horas de quarta-feira, 03, no Golfe 2, na rua direita do Avô Kumbi, por ter-se desentendido com um cidadão”, lembrou, acrescentando que, no dia seguinte, um dos seus filhos ligou a avisar que o mesmo estava morto.
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“Fui ao comando para obter informações de como morreu o meu filho, fui abandalhada pelo oficial do SIC e por sinal o chefe municipal, distratou-me e nem sequer permitiu-me observar as fotografias para se ter uma ideia, já que alegam enforcamento”, lamentou.
De acordo com Domingas Agostinho, o corpo do seu filho foi levado para a morgue sem a presença dos familiares.
“O meu filho estava identificado, eles sabiam que era militar, tinham os contactos dos familiares, e nem por isso ligaram para avisar da desgraça”, chorou.
De acordo com Tonildo Jerónimo, irmão do infeliz, a família só tomou conhecimento da desgraça porque foram saber como estava o detido.
“Fomos ao comando para saber como o nosso irmão tinha passado a noite, e ficamos a saber de tudo, se o meu irmão tivesse cometido um crime que o levassem a tribunal, não podiam tirar lhe a vida como se fosse um cão”, lamentou.
Encontrado morto no corredor do comando
Segundo a mãe de Bad Lê, o militar foi encontrado morto na manhã de quinta-feira, jogado num corredor do Comando Municipal.
“Um detido disse-nos que de noite ele pediu para ir urinar, mas já estava a passar mal, agora os polícias mentem que ele enforcou-se com um atador de sapatilhas. O Bad Lé era o meu suporte, era ele que cuidava de mim e do pai, sou hipertensa”, deplorou, sublinhando que o seu filho era incapaz de tirar a própria vida.
Margarida Vivalda, viúva, acusa a Polícia Nacional de ter assassinado o seu marido.
“Conheço o homem que eu tinha, a conversa deles não me convence, o Bad Lé não tiraria a própria vida, ele gostava de viver, como já perdemos, só clamo por justiça, que seja feita a justiça dos homens e Deus”, pediu.
Comandante municipal diz que foi suicídio
A nossa equipa de reportagem contactou a comandante municipal do Kilamba Kiaxi, superintendente Sónia Carlos, via telefone, e disse que tudo que lhe foi informado indica que foi um suicídio.
“O malogrado suicidou-se com um atador no corredor que dá acesso as celas, onde foi indicado para passar a noite, por ter entrado acima da hora normal de abertura dos calabouços”, explicou.
De acordo com a oficial, o militar era acusado de ter feito desmandos na via pública, e ter feito dois disparos de arma de fogo.
“Ele foi neutralizado e agredido pela população, quando chegamos levamos o cidadão ao hospital e depois demos encaminhamos ao comando”, disse.
Francisco José Jerónimo, instrutor de Táctica Militar, deixa mulher e quatro filhos.
N.M.C
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