O ex-2º Comandante-geral da Polícia Nacional, António Maria Sita, está a ser apontado por fontes geralmente bem informadas, como substituto do actual governador provincial de Cabinda, Marcos Nhunga, por alegado “fraco desempenho político”.
Marcos Nhunga, segundo as fontes, poderá deixar o cargo, que exerce desde Julho de 2019, a qualquer momento, apesar de ser bastante estimado pela população local devido à forma como tem gerido a sua governação, privilegiando sempre a resolução de problemas que afectam a vida das populações, não descurando, entre outros, o fornecimento de energia e água.
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O voto de confiança da população a Marcos Nhunga tem também a ver com o seu desempenho no bom andamento de obras públicas directamente a cargo do governo provincial e financiados com fundos do Orçamento Geral do Estado, em comparação com os atrasos e/ou paralisações em que se encontram projectos lançados pelo Governo central, dos quais se destacam a construção do novo porto de Cabinda, a refinaria do Malembo, etc.
Contudo, a Marcos Nhunga, no seio do MPLA, é-lhe atribuído algum “abrandamento” político, que é igualmente considerado como consequência de não querer “pisar” um campo que tem dividido a sociedade local.
Daí que a direcção do MPLA lhe aponte um “fraco calibre político” na actuação governamental, por não se coadunar com a função de líder partidário, tendo em conta que os governadores provinciais em Angola são ao mesmo tempo os primeiros secretários provinciais do MPLA, o que os obriga a uma maior acção político-partidária que, no caso de Marcos Nhunga, geralmente reconhecido como um tecnocrata, não tem sido ao “gosto” dos camaradas, ou seja, do partido no poder.
Daí que a direcção do MPLA lhe aponte um “fraco calibre político” na actuação governamental, por não se coadunar com a função de líder partidário, tendo em conta que os governadores provinciais em Angola são ao mesmo tempo os primeiros secretários provinciais do MPLA, o que os obriga a uma maior acção político-partidária que, no caso de Marcos Nhunga, geralmente reconhecido como um tecnocrata, não tem sido ao “gosto” dos camaradas, ou seja, do partido no poder.
Para o MPLA, o fraco desempenho político do governador está a permitir igualmente uma “passividade” política do governo, podendo contribuir para um agravamento da situação e alastrar ainda mais a sua impopularidade no território.
Recorde-se que, nas últimas eleições gerais em 2017, o MPLA não conseguiu vencer em Cabinda apesar do recurso a “artifícios” que aparentemente lhe conferiam vantagem.
Assim sendo, atendendo ao facto de António Maria Sita não poder ser nomeado para novas funções na Polícia Nacional, salvo para o cargo de Comandante-geral, a sua nomeação para o cargo de governador provincial de Cabinda permitirá, além de resolver o problema da sua colocação na Polícia, destacar em Cabinda alguém natural do território, tal como Nhunga, mas com maior nível político.
África Monitor
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