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Xuxu lança livro inspirado na história de uma criança angolana de 2 anos que cuida do pai cego



A apresentadora brasileira, Xuxu Meneghel, lançou um livro intitulado “Betinho – O amor em forma de criança”, inspirado na história de uma criança de supostamente de 2 anos de idade, do Bié, que apesar da sua tenra idade, já cuida do seu pai cego.



Segundo retrata a apresentadora, Betinho é uma criança que nasceu numa família pobre, na província do Bié. O seu pai ficou cego quando ele ainda era bebé, e a mãe, julgando-se incapaz de cuidar de todos, decidiu abandonar a família e tentar a sorte em outro lugar. Um vizinho passou a cuidar do Betinho e do pai, mas passando algum tempo esse mostrou-se incapaz, então Betinho pegou no pai e meterem-se a caminhar, atravessando várias aldeias, até chegarem à aldeia do Nissi, onde foram acolhidos.


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* Leia a entrevista da Xuxu ao Jornal brasileiro Estadão *


Como você chegou a esse personagem tão envolvente?


Sasha (a minha filha) me apresentou o Betinho por meio de fotos, pois já tinha ido três vezes para Angola como missionária. Na quarta vez, fui junto. Eu já sabia que ia conhecê-lo. Assim que cheguei à aldeia, fui recebida com música, mais de 30 crianças cantando e dançando, um cachorro veio dar as boas-vindas e, logo depois, veio Betinho, que pediu colo e não saiu mais de perto de mim, foi uma conexão imediata.


A Aldeia Nissi parece ser repleta de pessoas com histórias tão tocantes como a de Betinho. O que, de fato, mais te impressionou na história dele?


Sim. Muitas histórias pesadas e chocantes. A do Betinho me fascinou quando ouvi o pai dizer que acha que ele tem dois anos, pois não sabe ao certo o dia em que nasceu. E, mesmo pequeno, ele pegou a bengala (na verdade, um pedaço de madeira) e puxou o pai cego por quilômetros até achar a aldeia. Ninguém sabe direito o que se passou na cabeça dele, nem vai saber. Mas ele apareceu lá em busca de comida. Mas como um bebê consegue fazer isso? Se hoje fala pouco, na época, menos ainda. O que me intriga é como ele cuida do pai, é tão responsável e com tanto carinho para dar. O esperado de uma criança seria o contrário, por isso senti vontade de mostrar sua história. 


Quais outras histórias que você descobriu lá e que mereceriam ser contadas em livro?


Hummmm… São pesadas para livros infantis, mas estão escritas e gravadas na minha alma.


Você se interessaria em escrever a história de alguma criança ou animal que tiveram de enfrentar o isolamento social, provocado pela pandemia?


Não. As pessoas não estão nem acreditando no vírus, como acreditariam na minha história?


Você já disse que era uma pessoa que não tinha opinião própria, preferindo usar a dos outros.


Preferindo não, me era passado: “Você tem que falar isso”.


Agora, se sente dona da própria voz. Assim, o que pensa sobre o que ocorre no Brasil no combate à COVID-19?


Uma vergonha, que vai fazer parte da nossa história para sempre. Um desgoverno em uma pandemia, uma falta de respeito.


A internet tem acentuado a criação de bolhas, com as pessoas só recebendo informações que lhes agradam. Isso faz com que muitas acreditem mais no que recebem das redes sociais do que em notícias divulgadas por meios confiáveis. Como uma pessoa com muita presença na internet, como você, lida com isso?


Lido de uma maneira ruim e estou com medo, pois não vejo melhora nessas desinformações desnecessárias, muitas fake news em um momento no qual deveríamos nos alimentar de informações corretas. E isso pode gerar uma guerra.


Aldeia Nissi é um projeto social vocacionado a ajudar pessoas carentes. O projeto está instalado na província do Bié, e teve início em 2007.


Segundo dados divulgados no seu website, o projeto acolhe mais de 1.100 crianças, 245 famílias são assistidas e gera cerca 58 empregos diretos.




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