Quem é Bin Sulayem o corrupto que vai gerir o Porto de Luanda



Sultan Ahmed Bin Sulayem, de 66 anos, nasceu no Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, mas com uma ficha rasgada de crimes de corrupção, suborno e até terrorismo no mundo.


Este empresário árabe e Presidente e CEO da DP World, uma operadora global de portos e terminais marítimos com sede no Dubai, é o homem que vai gerir Terminal Multiusos do Porto de Luanda.


Apesar de os avisos sobre a credibilidade operadora árabe, o Governo angolano ignorou os apelos e adjudicou, por 20 anos, o projecto à DP World, a seu ver, a proposta deles é o que melhor serve o interesse público.



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O “valor Económico” descreve que Bin Sulayem já causou estragos de corrupção na Argélia, Senegal, Iémen, Brasil, Djibuti e Ucrânia são alguns dos países em que a DP World, inclusive nos Estados Unidos da America, onde foi acusado de ter ligações com grupos islâmicos.

Nos EUA, por exemplo, a empresa do Dubai World enfrentou uma verdadeira guerra política e diplomática que até envolveu o presidente George W. Bush. Tudo começou em 2006, quando a DP World comprou a norte-americana Peninsular & Oriental Steam Navigation por quatro mil milhões de dólares. Rapidamente, ganhou a gestão dos portos de Nova Iorque, Nova Jersey, Baltimore, Nova Orleães e Miami e ficou com outras operações em 16 portos.



Ceo da DP World

A imprensa norte-americana, resume o “Valor Económico”, garantia que a empresa gastou fortunas em ‘lobby’ (actividade permitida nos EUA), numa lista em que surgia o ex-senador Bob Dole e antiga secretária de Estado, Madeleine Albright.

No entanto, mal o negócio ficou concluído, as autoridades lançaram um alerta: havia riscos de segurança. Os serviços de inteligência da Guarda Costeira dos EUA obrigaram o Congresso a reagir.


O congressista Duncan Hunter, presidente do Comité de Serviços Armados, descreveu a empresa do Dubai como estando “associada a grupos terroristas, num momento em que a segurança portuária é claramente insuficiente”.


O relatório, citado por Hunter, garantia que a agência tinha encontrado “sinais claros da influência de grupos terroristas – como a Al Qaeda – sobre as principais autoridades e agências do Dubai”, em que a DP World “não escapava”. Mesmo com a oposição do presidente dos EUA, a empresa do Dubai sentiu-se obrigada a vender as suas operações a empresas norte-americanas.


Depois de ter comprado uma operadora britânica, a DP World tornou-se quarta maior empresa do mundo em gestão de portos.


Família e negócio


Segundo imprensa americana, a família Bin Sulayem tem sido uma das famílias políticas e de negócios mais proeminentes de Dubai, pelo menos desde o início do século 20. O pai de Ahmed bin Sulayem foi um conselheiro chave para a família Maktoum governante de Dubai. Um filho dele, Ahmed bin Sulayem, também é importante nos negócios.


A icoluna Heard on the Street do Wall Street Journal diz à Dubai World “acaba de ser radicalmente reestruturado depois de incorrer em quase US 60 bilhões em passivos em aquisições mal julgadas, como a batalhadora varejista da Madison Avenue Barneys e o navio Queen Elizabeth 2 desde então, em grande parte definhou em um dique seco de Dubai “e que” surpreendentemente, a alta administração permanece no local, incluindo Sultan bin Sulayem, o presidente que planejou a expansão.




Sulayem foi substituído do cargo em dezembro de 2010 pelo Sheik Ahmed bin Saeed Al Maktoum, um membro da família real.


Emprego e Ascenção


O primeiro emprego de Bin Sulayem, depois de se formado nos finais da decada 1970, foi como inspector alfandegário no porto de Dubai.


Em entrevista à uma revista, o empresário árabe explicou que sua futura carreira foi definida quando um homem entrou por engano em seu escritório um dia e, durante uma conversa, sugeriu que Dubai poderia servir como entreposto para o comércio de chá se criasse uma zona livre de impostos no porto.


Por isso, que desde a década de 1980, Bin Sulayem já não mais parou,tornando-se num dos empresários mais proeminentes de Dubai, com uma série de empreendimentos ligados ao governo.


Além de presidir a Dubai World, também ajudou a fundar a Nakheel, uma das maiores incorporadoras imobiliárias dos Emirados Árabes Unidos, e a Istithmar, uma importante holding de investimentos em Dubai. Ambas as empresas são subsidiárias da Dubai World.


As suas operações estão enraizadas na América Latina, como Peru, Equador, Chile, Argentina e República Dominicana. No mundo, a empresa opera nas Américas, Europa, Ásia, África, Oriente Médio e Oceania.


Escândalos de corrupção


O maior escândalo internacional, que envolve a operadora do Dubai, surge no Senegal, que levou à condenação de Karim Wade, ex-ministro das infra-estruturas e de outros pelouros e filho do antigo presidente Abdoulaye Wade. Em 2014, Karim Wade e um amigo de infância, Mamadou Pouye, foram condenados a cinco anos de prisão efectiva pelo Juízo de Repressão de Enriquecimento Ilícito, um tribunal especializado de combate à corrupção.


Os dois surgem na investigação de Panama Papers por terem criado empresas fictícias unicamente para negociar com a DP World a gestão de Porto de Dakar. Criaram as empresas em offshore Seabury, Regory Invest e Latvae. Assinaram um primeiro contrato com a DP World em 2008, por mais de oito milhões de dólares.


Num segundo contrato, em 2013, de acordo com o tribunal, receberam da empresa do Dubai três milhões de dólares, logo na assinatura. Ao longo dos anos, com os negócios com a DP World, Karim Wade e o amigo teriam acumulado uma fortuna calculada em 210 milhões de dólares. A empresa Seabury tinha negócios apenas com a operadora do Dubai, as outras duas eram subcontratadas pela Seabury. Karim Wade cumpriu dois anos de prisão, foi amnistiado pelo presidente do Senegal e encontra-se no exílio no Catar.



Sultan Ahmed Bin Sulayem

De 2008 a 2018, os portos da Argélia estiveram sob investigação, resultando em mais de 200 processos. Em alguns deles, aparece, à cabeça, a DP World, que ficou com a concessão, por 30 anos, da gestão do porto que estava nas mãos da Autoridade Portuária de Argel. O acordo permitiu a criação da DP World Djazair, uma ‘joint-venture’ argelina.


A empresa está sob alçada da justiça. É acusada de contrabando e transferências ilícitas de moeda estrangeira, em que o terminal portuário de Argel é usado como porta de saída. A equipa de gestão de uma das fornecedoras da DP World foi detida. A acusação estendeu-se a funcionários do terminal de contentores, fiscais e encarregados administrativos.


No Brasil, as ligações da DP World não escaparam a denúncias de corrupção que envolveram o antigo presidente Michel Temer, através da Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport), que detém o maior terminal portuário multi-modal do Brasil.


A Embraport aparece envolvida no processo ‘Lava Jato’. A DP World tinha uma participação de 33,4% na operadora brasileira. Em 2017, comprou os restantes 66,6% à Odebrecht e transformou a empresa. Passou a ser DP World Santos e criou um código de conduta anti-corrupção e anti-suborno, com directrizes específicas a todos os trabalhadores, desde administradores aos funcionários com responsabilidades mais modestas.


O código de conduta não funcionou no próprio Dubai, a sede da empresa. Uma ex-gerente, de 29 anos, foi condenada a 18 meses por ajudar, em troca de subornos, a ganhar projectos. Outros processos envolveram ainda um gerente da Jordânia, um director do Egipto, um libanês a trabalhar no Dubai e uma síria.


Em Maio do ano passado, as autoridades ucranianas prenderam vários funcionários públicos, acusados de terem estabelecido uma vasta rede de corrupção, tendo como origem a autoridade portuária de Yuhzny. A investigação detectou actos de corrupção em 30 concursos públicos que terão gerado mais de um milhão de dólares aos suspeitos. A gestão do porto está nas mãos da DP World. Apublica.



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1 Comentários

  1. Muito forçada a acusação de corrupto. O que se lê no texto, é que as autoridades e aas instituições de alguns países com os quais a DP World se enolveu em negócios é que cometeram actos de corrupção. Não há nenhuma imputação directa contra a DP World e o seu chefe. Quanto a possíveis ligações ao terrorismo, parece não haver algo de relevante. Conhecendo bem como os EUA são rispidos no que tange ao terrorismo, já o Bin Sulayem estariam na lista negra e proscrito do mundo. Isso, se não tivesse tido o mesmo fim que o seu xará Laden! EC

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