Quando se fala de corrupção em Angola, muitos pensam apenas na riqueza ilícita arrecadada pelos titulares de cargos públicos e seus cúmplices. Poucos são os que aprofundam as análises sobre as consequências de muitos desses actos ilícitos na vida do cidadão comum.
João Ernesto dos Santos “Liberdade”, actual ministro dos Antigos Combatentes, detém o recorde nacional de governação de uma província: 26 anos! Nos anos loucos da corrupção institucionalizada, o então governador era dono e senhor da província, onde ele mesmo nasceu. Era proprietário de cerca de dez empresas que sorviam os contratos públicos e os cofres do Estado na província, e que serviam sobretudo para seu enriquecimento pessoal.
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Segundo noticiou o site Maka Angola, Liberdade, adjudicou-se a si próprio a construção de uma escola em Cazombo, a comuna-sede do município. Por 277,3 milhões de kwanzas (o equivalente a 2,8 milhões de dólares, ao câmbio de então), a empresa do ministro fez os cabocos, ergueu algumas fiadas de tijolo e abandonou a obra.
A 10 de Julho de 2013, o então governador Liberdade celebrou um contrato com a empresa Ebomex, respeitante à construção de uma escola com dez salas de aula na vila de Cazombo, município do Alto Zambeze – tratava-se do Contrato de Empreitada n.º 50/2013.
Dez anos antes, a 2 de Fevereiro de 2003, João Ernesto dos Santos “Liberdade” constituiu, na província do Moxico, a empresa Ebomex Lda., na qual passou a deter 70 por cento do capital. O seu cunhado Paulo Ngulita subscreveu a quota restante e assumiu a gerência da sociedade.
O contrato é claro quanto ao seu incumprimento reiterado ou definitivo. De acordo com o n.º 4 do mesmo, o incumpridor tem a obrigação de ressarcir a outra parte.
“Fontes do Lil Pasta News na administração disse, que está seria também uma escola de formação profissional. No município, só temos até à 9.ª Classe. Com o seu funcionamento, teríamos jovens inseridos, com profissões para ganharem a vida, e essa escola permitiria a integração dos jovens na sociedade”, refere a autoridade local, que prefere manter o anonimato.
Já Lucas Mbuta, o coordenador do Bairro, nota que “a empresa [Ebomex] tem de reconhecer os seus erros e acabar a construção da escola, para os nossos filhos estudarem”.
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