Dívidas ocultas, sobrefaturação e incompetência na base do divórcio entre Sonangol e Xeque Al-Maktoum



No dia 20 de janeiro, o ministro dos Petróleos anunciou que o memorando de entendimento entre a Sonangol e um xeque do Dubai para o desenvolvimento do terminal oceânico do Dande não se concretizou, garantindo que o projeto continua.



Sem detalhar os motivos, Diamantino de Azevedo disse que “a outra parte tinha uma posição diferente” da parte angolana, por isso, “não houve um final feliz, o namoro não deu em casamento”.



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Na verdade, o projeto era mais um campo de minas que qualquer um com um pouco de sagesse, meteria o pé na nuca.


Segundo o “MakaAngola” que cita documentos enviados pelo xeque Al-Maktoum a Sonangol, aos ministros de Estado para o Desenvolvimento Económico, assim como dos Recursos Naturais e Petróleo, respectivamente Manuel Nunes Júnior e Diamantino Pedro Azevedo, e ao embaixador dos Emirados Árabes Unidos em Angola, Khalid Al-Muhairi, o projeto apresentava um preço altamente extrapolado que ascendia a 1,6 mil milhões de dólares, que tornava o Terminal da Barra do Dande “num dos mais caros alguma vez construído em todo o mundo”.


Para além do preço (sobrefaturado), o xeque queixou-se das “deficiências técnicas e de engenharia” que projeto apresenta, “não respeitando a maioria dos requisitos internacionais de segurança”.


Ahmed Dalmook Al-Maktoum descobriu um pagamento feito pela Sonangol China International Fund (CIF), no valor de 341 milhões de dólares, segundo o MakaAngola, este valor não estava auditado e nem estava documentado.


Assim como a existência de uma “responsabilidade financeira da Sonangol no valor de 141 milhões de dólares, com os antigos empreiteiros (os que não terminaram a obra em 2016)”, escreve o MakaAngola.


“O xeque afirma, na carta citada pelo MakaAngola, terem sido as suas próprias fontes a descobrir essa dívida do projeto, porque a Sonangol não fez constar essa informação entre os documentos que lhe remeteu.


De acordo com o MakaAngola, a Sonangol reconheceu a dívida oculta, mas negou que a dívida não estava documentada e que não tinha sido auditada. A petrolífera estatal também negou ter havido sobrefaturação no projeto.


Em suma, a sobrefaturação, as dívidas ocultas e má concepção técnica do projeto, levaram o xeque a abandonar o projeto.


Isso é um sinal de que os vícios antigos não desapareceram!



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