A Turma do Apito, um grupo de jovens que, paralelamente à polícia nacional, se tem dedicado ao combate à criminalidade no Sambizanga, está a ser acusado de ter espancado e queimado, com recurso a gasolina, um jovem trabalhador, de 33 anos de idade, descrito na zona como muito calmo e semeador de paz.
João Zage, a vítima inocente da Turma do Apito, no Sambizanga
O acto bárbaro e que está a merecer repúdio por parte dos munícipes ocorreu por volta das 23 horas, de sábado, quando o jovem João Zage, saia de seu local de trabalho para casa.
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A caminho, o jovem Zage decidiu fazer uma paragem para saudar alguns amigos que se encontravam junto a uma roulotte a escassos metros de sua casa, quando ao se retirar, um jovem, pertencente ao poderoso grupo da Turma do Apito, o acusa de ter roubado o seu telemóvel, mas depois de algumas buscas, o referido telemóvel apareceu no bolso do jovem proprietário que dizia ter sido roubado.
Envergonhado face à exposição de que pretendia acusar um inocente, sabe-se lá a troco de quê, o jovem do poderoso grupo diz ter-se confundido, afinal não era o telemóvel que lhe haviam furtado, foi-lhe furtado afinal um relógio, e que o criminoso era João Zage.
Entretanto, e para supostamente se resolver melhor o caso, outros membros da Turma do Apito levam o denunciante e o acusado para a Unidade da Turma do Apito: já no local, o jovem Zage foi obrigado a descalçar os ténis, e de seguida foi-lhe atestado um martelo dos pés. E daí seguiu-se outros objectos contundentes sobre o jovem.
Sem dó nem piedade, os membros da Turma do Apito no local, algemaram o jovem Zage junto a um poste, regaram-no com gasolina e com recurso a um palito de fósforo, incendiaram o rapaz.
Face os gritos do jovem enquanto ardia, o próprio pessoal da Turma do Apito lançou areia sobre a vítima na tentativa de apagar as chamas que consumia o jovem Zage.
Depois de salvo das chamas, o jovem, que já tinha parte do corpo queimado, além de outras feridas à cabeça em consequência da porrada, foi obrigado a dar cambalhotas, tendo depois sido deitado ao chão com a barriga para cima, e os seus carrascos, foram lhe dando com madeiras do peito e da barriga. E depois largado a sua sorte.
O jovem foi assistido no Hospital Neves Bendinha, e já recebeu alta. Encontra-se em casa a queixar-se de imensas dores.
Camunda News
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