Muitas dúvidas se levantaram e ainda se levantam em relação à Rede de Mediatecas de Angola (REMA), um projecto do Governo angolano com o objectivo de dotar o país de um conjunto de infraestruturas que permitam apoiar a população ao nível da educação, tecnologia, ciência, cultura e arte.
Sendo um projecto lançado pelo ex-Presidente José Eduardo dos Santos, a 11 de Novembro de 2010, a REMA previa a construção de 25 mediatecas em todo o país, como são conhecidas as bibliotecas informatizadas e multimédia.
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Se a intenção era positiva para a modernização tecnológica e desenvolvimento do país, o processo de construção, apetrecho e funcionamento das mesmas foi geralmente visto como bastante negativa, considerando os elevados custos que orçaram ao país e que nunca foram devidamente explicados, sendo que grande parte delas, de mediatecas como tal, só mesmo o nome, já que andam longe do conceito de Mediateca, em substituição das tradicionais Bibliotecas, que significa um centro que abriga, organiza, classifica e disponibiliza meios de visualização e consulta, incorporando as tecnologias da informação e a digitalização da cultura existente.
Em grande parte delas, senão em todas, essa dinâmica não se verifica, tendo em conta que, como prometeu a REMA e, nomeadamente, o seu coordenador e então secretário de Estado para a Ciência e Tecnologia, Pedro Sebastião Teta, seriam instrumentos que contribuiriam para o desenvolvimento territorial, económico e social, através da melhoria do acesso e geração do conhecimento, como um complemento de progressão do potencial do capital humano angolano, envolvendo a totalidade de agentes do país.
Algumas dessas mediatecas começaram a ser inauguradas sem estarem concluídas, como foi o caso da Mediateca do Lubango, orçada em 40 milhões de dólares, gorando as expectativas da população, porquanto, foi inaugurada e encerrada de seguida para conclusão das obras, numa falta de lógica gritante e desrespeito público.
Assim sendo, diversas dúvidas começaram de imediato a originar em questões cujas respostas ainda se esperam, assim como denúncias contra Pedro de Teta, sobre o aproveitamento pessoal que estava a ter com o uso das mediatecas, ou seja, as mesmas estavam a ser geridas como se fossem suas propriedades privadas, portanto sujeitas aos seus caprichos.
Começaram a surgir protestos quanto à lisura e transparência em relação aos concursos públicos para admissão de pessoal e aos cursos de formação dos mesmos, com acusações de roubo dos subsídios prometidos e dos salários, entre promessas garantidas que depois não se cumpriam, humilhações, etc.
Para a opinião pública, o empenho de Pedro Sebastião Teta para a concretização e apresentação de projectos de modernização da infra-estrutura de tecnologias de informação no país, veio a revelar-se como tendenciosa e aproveitacionista, considerando que, através de tais projectos públicos que controlava, acabou por criar uma série de empresas privadas, para enriquecimento pessoal.
Um dos seus truques foi credenciar as suas empresas junto das instituições que coordenava, como a Comissão Nacional de Tecnologias de Informação (CNTI), passando as mesmas como se instituições do Estado fossem.
Recorde-se que, o Presidente João Lourenço também foi enganado, quando afirmou, no discurso sobre o estado da Nação, em 2019, que a mediateca do Kuito, província do Bié, já tinha sido inaugurada e a mesma ainda não tinha sido concluida.
Mais um caso para a alçada da Procuradoria-Geral da República (PGR), que deve investigar o estado desses meios, o que foi pago pelo Estado e o que realmente se gastou, entre outras falcatruas à volta do assunto. Os angolanos aguardam o desfecho!
As tentativas feitas para ouvir o Dr. Pedro Teta sobre o assunto foram infrutíferas.
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