Ligação entre Tchizé dos Santos e Manuel Rebelais: Empresa da filha do ex-presidente, era a responsável da gestão do GRECIMA, diz ex-ministro em tribunal



Na audiência de quinta-feira, o Tribunal questionou ao réu Manuel Rebelais, sobre a forma como era  feita a gestão das questões  correntes do Grecima. Rebelais informou que a mesma era feita pela Semba Comunicação, empresa de Tchize dos Santos, com qual este órgão tinha rubricado um contrato de prestação de serviços.


Para o efeito, explicou que a verba era alocada pelo Ministério das Finanças à  Semba Comunicação, através da Casa de Segurança do Presidente da República.


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Manuel Rabelais  realçou que o  Grecima,  para  cumprir com  as  suas  obrigações, necessitava, anualmente, de uma dotação financeira avaliada entre  90 a 100 milhões de dólares norte-americanos.


Devido à crise financeira, acrescentou, derivada da baixa do preço de petróleo, nunca recebeu a verba supramencionada.


Afirmou que os 121 milhões de  kwanzas que  recebeu, em  2017, apenas serviram para pagar dívidas que o órgão  tinha contraído na prestação de serviços, dentro e fora do país.


Manuel Rabelais  é acusado de  ter transformado o GRECIMA numa autêntica casa de câmbio, onde se vendiam divisas.


Alegadamente, o esquema foi estabelecido entre Manuel Rabelais, o Banco Nacional de Angola (BNA) e outras instituições bancárias (BCI, BIC, BPC, BAI e Sol).


Segundo acusação, Rabelais era o único assinante de todas as contas bancárias.


O antigo director do GRECIMA terá solicitado ao BNA a aquisição directa de divisas, através de várias cartas que eram subscritas pelo réu, de acordo com a acusação.


O Banco Central terá confirmado a venda de 98,1 milhões de euros, o equivalente a 18,3 mil milhões de kwanzas.


O  julgamento prossegue na próxima segunda-feira com  o interrogatório ao réu, Manuel Rabelais, pela instância do Ministério Público.



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