Já lá se vão os anos em que os gruposjuvenis de partidos políticos animavam a política angolana, com campanhas de sensibilização cívicas, qual o líder juvenil mais carismatico que puxava toda brava para sardinha da sua agremiação, defendendo com ideias próprias a liderança partidária, sempre na intenção de convencer mais um jovem a aderir o seu partido.
Esta forma de fazer política perdeu velocidade e graça, depois que duas figuras, actualmente principais líderes do braço juvenil dos dois maiores partidos em Angola, foram eleitos. Trata-se de Agostinho Kamuango, líder do braço juvenil do maior partido da oposição, JURA, e Crispiano dos Santos, líder da JMPLA.
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O primeiro foi eleito em Novembro de 2018, quando derrotou na segunda volta o ex-secretário-geral, o deputado Aly Mango
Na altura, o actual chefe da juventude do “galo negro”, disse que a Juventude Unida Revolucionária de Angola tem a missão de "fazer a interpretação fiel da mensagem da UNITA", prometendo transformar a sua organização no "verdadeiro instrumento de luta para materialização dos objetivos traçados pela direção" do maior partido na oposição em Angola.
Porém, nota-se que o jovem político vive na sombra de si mesmo.
Para notarmos actos de liderança notaveis da juventude da UNITA, temos que recuar para, por exemplo, em 2013, quando o antigo secretário-geral da JURA, , Mfuca Fuacaca Muzemba, questionou ao ex-Presidente da República, José Euardo dos Santos, sobre os raptos de Kassule e Kamolingue e as agressões que sofriam os jovens manifestantes, pedindo mesmo a sua cessação.
Muzemba falava durante o encontro mantido entre JES e os líderes juvenis, e começou por criticar a ausência dos problemas dos jovens nos grandes programas do executivo.
O jovem que vinha dos protestos das ruas, acabou por abraçar o braço juvenil da UNITA, deixando em ‘debandadas’ a ‘JOTA’, que com um Luther Rescova ao leme, tudo fazia para mostrar ao seu partido que também tinha uma palavra junto dos jovens do país.
Naquela altura, não tão distante, a política jovem era feita em núcleos, e os líderes juvenis defendiam os seus líderes até a exaustão.
No entanto, mudaram os líderes partidários, os líderes juvenis e hoje por hoje, a JOTA e a JURA estão submetidas a sombra de si mesmas.
Para além da detenção de Kamuango na manifestação de 24 de Novembro, que deu para ouvir falar um pouco dele, principalmente na Rádio Despertar, pouco ou nada se ouvia do jovem político, para além de comunicados de imprensa atabalhoados, deste ou aquele incidente.
O que se assisti na juventude da UNITA, é o grupo juvenil a ser ultrapassado por um grupo de jovens que ajudou a eleição de Alberto Costa Júnior, que tem assento no parlamento e logo tem notoriedade.
Na prática, o que se vê é um Nelito Ekuikui mais dinâmico que Kamuango. Uma Ginga Savimbi mais mexida que o líder da JURA. Por outras palavras, a não eleição de Ekuikui para o braço juvenil do galo negro, parece ter feito apenas um ‘recochetezinho’, já que ele, sem sombras de dúvidas, “lidera” o grupo de jovens da União.
Um Crispiano nada santo
Em Outubro de 2019, Crispiano dos Santos, sem história no seio dos camaradas, substituia Sérgio Luther Rescova, ao bater com 71,7% dos votos, Domingos Betico Francisco.
Com esta eleição, o actual líder da Juventude do MPLA, deve permanecer no cargo até ao ano de 2024.
Aquando da sua eleição ‘Crispi’ disse que os reais problemas da juventude angolana devem ser identificados através do diálogo abrangente.
Crispiniano dos Santos prometeu, por outro lado, cumprir o plano de trabalho aprovado no congresso que o elegeu. Por tanto, mais do que o Canfeu, não se lhe reconhece nenhum feito no seio da juventude.
Crispiano parece desorientado e sem projectos. Sem perceber, o jovem líder da juventude dos camaradas, está a ser ultrapassado pelo CNJ e CPJ, que querendo ou não, parecem mais tentáculos da JOTA. Ao olharmos para o encontro do Presidente da República com alguns segmentos da juventude angolana, notamos um Isaís Kalunga mis JOTA do que CNJ, o que confondiu a sociedade, sobre quem é quem afinal na juventude do MPLA.
Nas últimas semanas, os ‘ataques’ contra o líder dos camaradas, quer nas redes sociais ou em debates públicos, principalmente por jovens da sociedade civil, tem-se triplicado.
Num passado recente, tínhamos Luther Rescova a debater-se ferreamente pelo seu antigo líder, José Eduardo dos Santos, bem como a liderar passeatas e a promover a imagem do líder.
Na actual estrutura da juventude dos ‘manpelas’, tudo parece parado, com um ou outro jovem, mesmo não estando ligado a JOTA a tentar impulsionar os jovens do partido.
Um Tomás Bica, por exemplo, numa hora como esta em que o MPLA está fracturado, e a juventude seria um mecanismo de união e reorganização, um Tomás Bica seria de grande valia para a juventude dos Vermelho, amarelo e preto, já que estão a ser goleados em todas as frentes.
Na Mira do Crime
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