Continua a pilhagem nas embaixadas de Angola: PGR como ficou o caso dos 12 diplomatas que roubaram milhões aos cofres do estado?



O ex-ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, afirmou há alguns meses que a falta de verbas em algumas embaixadas, também se deve ao desvio de fundos por parte de alguns chefes de missões diplomáticas.



Actualmente, as embaixadas de Angola em alguns países continuam a enfrentar várias dificuldades de ordem financeira. O Governo angolano diz que a falta de dinheiro nas missões diplomáticas não é novidade. Mas o problema não é apenas a crise que assola o país.


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As missões contraiem dívidas muito altas, sem justificação, sem nunca se saber o que foi gasto para se atingir tais montantes, sem prestar contas, mas quanto mais o Governo central paga, mais dívidas aparecem, como foi dito esta semana na Assembleia Nacional pela secretária de Estado para o Orçamento e Investimento Público, Aia-Eza da Silva, que se manifestou surpresa com a questão da dívida das missões diplomáticas, quando questionada durante a discussão na especialidade da proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE) 2021.


A secretária de Estado afirmou que, recentemente pagou-se o que havia por se pagar, cerca de33,4 milhões de euros, mas surpreendentemente, pouco depois, voltou a aparecer nova dívida no valor de 48 milhões de dólares!


Como se não bastasse, as missões diplomáticas, ou os seus chefes, não prestam contas dos dinheiros que recebem.


Estas situações mancham sobremaneira o nome e a imagem do país nos círculos internacionais e atemoriza quem queira investir no país.

Num encontro que manteve na altura com os deputados, o ex-ministro Manuel Augusto afirmou que o Ministério das Relações Exteriores de Angola (MIREX) «está a ser abalado por vários casos de corrupção. 


Alguns já estão a ser investigados pela Procuradoria-Geral da República (PGR)», citando o caso do cônsul de Angola no Congo Brazzaville, que desapareceu com cerca de meio milhão de dólares do Estado, alegadamente em companhia do financeiro da referida instituição.


O ex-ministro revelara ainda que, ao todo, a PGR está a investigar 12 diplomatas, mas era desconhecido o paradeiro do cônsul fugitivo.


Como denunciou então, o cônsul, cujo não foi revelado, «comunicou as autoridades em Luanda que o financeiro do consulado tinha desaparecido com o dinheiro do Estado, cerca de 400 mil dólares, quando o mesmo dirigente tinha sido visto com o homem das finanças no banco congolês. O cônsul está desaparecido até agora. Há quem diga que foi para França».


Um outro escândalo registou-se na anterior gestão da embaixada de Angola no Quénia. «Era uma embaixada nova, acabada de abrir. E o embaixador arrendou literalmente a casa mais cara do Quénia. É a casa de um senador, um palacete a alguns quilómetros da cidade. Mais grave do que ser casa mais cara do Quénia, o embaixador não chegou a viver lá. O embaixador preferiu viver num hotel, também mais caro do Quénia. Isso são factos, por isso, digo que é algo surreal».

De acordo com Manuel Augusto, por causa das despesas com a casa e o hotel luxuoso, os funcionários ficaram oito meses sem salários. Entretanto, em função dos processos-crime, muitos estão a devolver o dinheiro desviado das missões diplomáticas, alegou o ex-ministro.


No âmbito dos casos de corrupção, na altura o MIREX apresentou cerca de 12 queixas contra diplomatas que delapidaram o erário público. Entre os visados está também o ex-embaixador de Angola na Etiópia, Arcanjo Maria do Nascimento, visado em outro artigo neste jornal.


Contudo acredita-se que os citados processos estejam em “águas de bacalhau”, porque a PGR nunca se referiu a eles. O próprio ministro que fez as denúncias também já foi exonerado, alega-se que por motivos semelhantes.

Sendo indivíduos que, além de roubarem o Estado delapidando o erário público, sujaram o bom nome e a imagem do país, porque razão não são revelados os nomes, por exemplo do cônsul gatuno e do ex-embaixador de Angola no Quénia e de todos os demais? O que se quer esconder?


Para a opinião pública, quem geriu mal o dinheiro do Estado nas missões diplomáticas deve ser responsabilizado, mas infelizmente isso não acontece, o que pressupõe que tais indivíduos tenham laços a nível central e, se caírem, outros poderão seguir-lhes. 


Paradoxalmente, quem paga as dívidas desses embusteiros, são os cidadãos que nada beneficiam com as riquezas do país, é o Povo Angolano que continua na miséria e sempre a sofer!



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