Em nome dos jovens do interior do país (Cunene, Huíla, Kuando Kubango, Bié, Huambo, Namibe e outras províncias) que consentem e expressão solidariedade à todos os jovens guerreiros que se levaram à manifestação de Luanda (24/10/2020) pela força do estado social faminto provocado pela desordem do sentido de governação sem norma perpetrado por quem prometeu fazer do país uma glória lusitana à muitos anos, endereçamos a nossa calorosa atenção fraternal. Cunene está com a juventude do país.
É visível o desencaminhar do país para dias piores quando se sonhava dias melhores. A juventude angolana é das mais educadas, obediente, paciente e que sempre acreditou e ouviu dos adultos.
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1-Mas que juventude se conformaria com o esvaziamento da esperança de uma gama humana, quando as leis só servem para os pobres, e quem detém o poder nunca conseguiu materializar um único projecto juvenil?
2-Que sentido de responsabilidade um governo tem para criticar o descontentamento juvenil, visto que nasceu (o jovem) a ouvir e ver promessas nunca cumpridas em troca dos desvios dos orçamentos destinados à programas da juventude para o exterior do país (Projovem, bue, etc)?
3-Que estado psicológico se espera desta juventude que vê subsequentemente os seus sonhos adiados pela ganância desmedida do adulto que fomentou guerra civil para se justificar como antigo combate e o único dono dos destinos do país?
4-Que estado de espírito e moral o jovem deve encarar o país de esperança, quando o presidente da república apresenta-se na assembleia nacional com discursos revestidos de vícios que mataram esse país a anos (estradas, escolas não construídas. Bens e serviços não adquiridos) visto ser uma figura (presidente da república) que constituía esperança até a bem pouco tempo?
5-Como exigem do jovem, mais aguardar, quando os nossos pais esperaram toda vida até descobrir que nenhum governante ou servidor público está isento da corrupção?
6-Submeteram a juventude angolana escolas sem qualidade de ensino e aprendizagem ao nível do ranking internacional em detrimento dos seus filhos e parentes nas melhores universidades do mundo lá no exterior?
7-Que garantia soberana se pode convencionar a este país quando o seu serviço de saúde inspira cuidados intensivos pelo que, os nossos governantes criam clínicas privadas nas suas casas com o dinheiro destinados aos projectos da juventude?
8-Como o Estado exige calma ao jovem quando não existe em Angola um único programa exequível para a distribuição e concessão de habilitação como direito fundamental do cidadão segundo a nossa carta magna?
9-Como confiar num governo provincial criado na base de uma Oligarquia constituída de pessoas que roubaram hospitais, escolas, residências públicas com idades para o beiral e estados críticos de saúde em detrimento dos jovens em sistemática substituição (caso prático/Cunene)?
10-Como manter conformado um jovem em sua casa que não tem, com o nível de custo de vida assassino que o país está levar?
É preciso compreender o jovem angolano. O país falhou e hoje o jovem não confia, não tem esperança. Foi mentido demais. O jovem angolano lhe foi imposto uma visão de encarar o país numa perspectiva de hóspede (ele não pode reclamar) quando o governante tira vantagens pará cobrir todas necessidades dele e da sua família.
12- Essa juventude só mostrou o mínimo que pode acontecer em todo país;
-É preciso que o governo angolano estabeleça prioridade de materialização dos projectos da juventude face aos problemas já identificados (Emprego, Habilitação, Ensino...).
- Que se crie um gabinete adhoc de averiguação da materialidade dos projectos e programas da juventude.
- Que se crie comissões integrados para o acompanhamento e fiscalização dos problemas juvenis.
-Descentralizar e desconcentrar bens e serviços públicos (Universidades, INAREES, Televisão, Cartórios de reconhecimento notariais...) do país, de Luanda para todas províncias de modo a evitar que a capital esteja excessivamente congestionada.
-Transferir poderes aos Governadores provinciais de autonomia soberana, de modo que se consiga suprimir problemas de matriz local.
- O actual CNJ deve desempenhar o seu verdadeiro papel vocacional e não servir interesses incofessos de matriz politica, fundamentalmente.
-Desenhar os projectos da juventude com a juventude; o ministro da juventude não deveria passar de 35 anos de idade, por várias razões! O jovem sente-se traído com a actual ministra. Que entendam isso. O ministro da da juventude devia ter a categoria de ministro de estado, atendendo a velocidade para a resolução de problemas da juventude.
- Os problemas da juventude devem ser resolvidos na base de um conhecimento técnico e não necessariamente Político.
Jovens angolanos, estejamos unidos de Cabinda ao Cunene e de Benguela ao Moxico.
Não aceitemos o que os políticos dizem e querem que façamos, mas ao que é necessário para a juventude viver! E só unidos e comprometidos venceremos!
Cunene sente a vossa dor!
Cunene, 25/10/2020
Tchilalo João Muhala, Professor Universitário, Presidente da Associação dos Académicos no Cunene-AAcC e Analista Político.
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