O novo coordenador da Comissão de Gestão da TV Zimbo, Paulo Julião, decidiu transformar a TV Zimbo num órgão de apoio ao Gabinete de Comunicação Social e Imprensa da Presidência da República. Esta mudança na estação televisiva, obrigou os jornalistas e toda a cadeia hierárquica editorial a abdicarem da busca pela verdade factual e objectividade jornalística.
A TV Zimbo com Paulo Julião, perdeu o rigor e divulga constantemente material impreciso, susceptível de induzir o telespectador ao erro e ter uma visão distorcida dos factos. Ontem no ‘Jornal da Zimbo’, tivemos um exemplo dos inúmeros erros crassos cometidos na ‘era Paulo Julião’. Foi convidado um conhecido agente dos serviços de inteligência do Estado, para analisar a detenção dos manifestantes e críticar a UNITA pelo seu suposto envolvimento na manifestação de 24 de Outubro. A Zimbo adjectivou esse agente dos serviços de inteligência como “jornalista” quando toda a opinião pública e telespectadores em geral, sabem que esse senhor é um agente dos serviços de inteligência, cujo passe de serviço foi amplamente divulgado nas redes sociais.
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Paulo Julião e a TV Zimbo deveriam saber que jornalismo não é ficção, pelo que esses dois níveis não devem nunca se misturar, não importa as circunstâncias. A TV Zimbo não pode inventar personagens ou situações e as pessoas postas em causa na suas matérias devem ser contactadas e citadas. No ‘Jornal da Zimbo’ foram feitas acusações gravíssimas contra o Presidente da UNITA mas o visado na matéria não foi contactado e não teve a oportunidade para expor os seus argumentos.
Paulo Julião, conhecido nas lides jornalísticas pelo seu excesso de zelo partidário e explícita insuficiência profissional, conseguiu anular o enorme esforço feito pela TV Zimbo para noticiar com imparcialidade e exactidão. Um esforço colossal que exigiu um trabalho de vários anos, para agora observarmos a primeira televisão privada de Angola a ser transformada num órgão de invocação abusiva e de distorção à verdade.
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