Os angolanos continuam a assistir, impávidos e serenos, a actos de corrupção bastante preocupantes, que ultimamente têm ocorrido no país, perpetrados não só pelos marimbondos como, e o que é mais grave, por cidadãos portugueses, com o beneplácito daqueles.
Sabemos, de fontes fidedignas, que o cidadão português Eugénio Montês, gestor dos Condomínios Kianda e Luanda, com péssima gestão dos mesmos, diga-se de passagem, com processos de dívidas e burlas nos Tribunais, conta com o apoio de Carolina Cerqueira, Ministra de Estado para a Área Social e de um familiar seu.
Esta ilustre figura de proa do governo angolano, deu cobertura aos actos praticados por este cidadão em mais uma burla na construção de um condomínio residencial, portanto, não comercial, com vista para o mar, no qual não estava previsto a construção de lojas (área comercial).
Depois do projecto estar todo vendido, o dito empresário, sem pedir autorização aos moradores, que eram os proprietários do complexo habitacional, com a cobertura da referida alta figura política, porque infelizmente, aqui ainda é assim, alterou o projecto e deu início à construção áreas comerciais, por serem espaços comercialmente mais rentáveis, que foram vendidas, incluindo a bancos, aos quais devia avultadas somas, ao invés de erguer as áreas sociais, como o parque e o ginásio.
Depois de ter sido interpelado pelos donos do condomínio, o cidadão português, com o auxílio de um ex-vice governador de Luanda e irmão da Sra. Carolina Cerqueira, mulher mais poderosa de Angola, dirigiu-se ao Governo Provincial de Luanda, para trocar a planta original por uma outra, já alterada, de acordo com as obras que havia realizado. Felizmente, os donos do condomínio tinham a planta original e impediram que a burla fosse realizada.
Estas acções são facilitadas com o recurso ao suborno a magistrados, com o patrocínio de altas figuras do sistema e o conluio de advogados dóceis, nomeadamente, o useiro e vezeiro nessas práticas, Denis Almeida, que já tem uma longa lista de juízes “avençados”.
Estas acções mancham e perigam as políticas de desenvolvimento económico que Sua Excelência
Presidente da República quer implementar em prol do desenvolvimento de Angola e do bem estar de todos os cidadãos.
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