O primeiro Secretário Provincial Partido MPLA e governador de Malanje, Norberto Fernandes dos Santos “Kwata Kanawa”, está a ser acusado por elementos do Departamento de Administração e Finanças (DAF) e de membros do secretariado de ter vendido em 2019 um terreno do partido, localizado junto ao restaurante do Triângulo, na ordem de 170 milhões de Kwanzas para a empresa 7-CUNHA.
Segundo a fonte que falaram ao Na Mira do Crime, em 2015 o MPLA na província de Malanje recebeu cerca de 40 milhões de kwanzas vindo da sede do partido, em Luanda, para efectuar o pagamento de Segurança Social dos funcionários, mas, o 1º Secretário na província de Malanje, Norberto dos Santos, orientou José Domingos André, na altura secretário da Administração e Finanças (DAF) para que esses valores fossem entregue ao governador para o uso pessoal.
Fisioterapia ao domicílio com a doctora Odeth Muenho, liga agora e faça o seu agendamento, 923593879 ou 923328762
Para se livrar ao crime do desvio de dinheiro e acalmar os ânimos dos beneficiários, a fonte do DAF revela que, Norberto dos Santos acusou o jovem identificado por Beny, que trabalhava no DAF como tesoureiro, de ter desviado os valores.
Paulo Kinu um dos parentes do senhor Beny, na altura considerou estranho o pronunciamento do governante, uma vez que as acusações foram manifestadas depois da morte de Beny.
Segundo o senhor Paulo, antes do dinheiro desaparecer, Beny estava em vida, porém, considera impossível o malogrado desviar o dinheiro uma vez que existe o responsável das finanças na altura José Domingos e o primeiro secretário do MPLA que, segundo ele, é fiscalizador de todas as questões financeiras.
“Por que acusam o Beny só depois de morrer? Por que os nossos camaradas não investigam aonde o malogrado colocou o dinheiro? Essa foi a maneira que encontraram para se livrarem do crime que o camarada primeiro cometeu”, disse um outro familiar de Beny que preferiu no anonimato.
“Existem várias correntes no secretariado da província que exigem o esclarecimento sobre o desvio dos 40 milhões de kwanzas. Quem deve explicar o destino de 40 milhões de kwanzas é o camarada primeiro Norberto dos Santos, bem como o senhor José Domingos, porque se o Beny desviasse o dinheiro, nós enquanto família saberíamos onde colocou e também estaria preso. Exigimos a verdade, por isso, solicitamos a intervenção do Bureau Político do partido e a Procuradoria-Geral da República de modo averiguar a situação. Há muito roubo no nosso secretariado”, disse Kinu.
Em 2019, na luta para se encontrar uma soluções do problema, uma vez que havia pressão forte pelos membros do Comité Provincial do Partido, a solução foi a venda do terreno do Partido, com uma dimensão de quase dois hectares, num valor de 170 milhões de kwanzas.
Segundo a fonte, quem comprou o terreno foi a empresa 7-CUNHA, a mesma que tem se beneficiado de todas as obras da Província.
Daniel Ndanji, pessoa próxima de funcionários do Departamento das Finanças, conta que José Domingos André, enquanto chefe do DAF, esteve perto de contar a verdade sobre o desvio desse e de outros dinheiros, mas foi tranquilizado com um cargo no governo da Província.
“Foi nomeado para o cargo de Director Provincial de Infra-estruturas e serviços técnicos para recompensar a cobertura dos 40 milhões de kwanzas”, acusaram.
Os membros do secretariado provincial do MPLA em Malanje, agastados com a situação, reclamam do silêncio, e dizem-se impossibilitados de realizar actividades do partido, “porque não há verbas nos secretariados municipais, comunais e CAP´s para a realização das actividades do partido maioritário”.
De acordo com a fonte, o terreno foi vendido na ordem de 170 milhões de kwanzas, onde se fez o desconto de 40 milhões de kwanzas para o pagamento de segurança social dos funcionários, o restante do dinheiro avaliado em 130 milhões, contam, “ninguém sabe o destino, e nunca foi esclarecido pelo Departamento das Finança nem pelo seu dirigente, uma atitude que leva descontentamento dos membros do secretariado”.
Gabinete de Comunicação e imagem do governo de Malanje nega acusações
Contactado via telefone, o responsável do Gabinete de Comunicação e Imagem do governo de Benguela, apenas conhecido como Custódio, recusou às acusações que caem sobre o governador provincial, e fez saber que, a luz da lei de terra, o responsável da província, por lei, pode ceder um terreno, “nem precisa vender. Enquanto governador provincial pode ceder um terreno até cerca de 5 mil hectares, para quê precisaria vender?”, questionou.
“É improcedente isso, o governador é que desmantelou um grupo destes no partido, a tua fonte está errada, não passa de especulação. Eu que posso dar até 5 mil hectares, não faz sentido vender”, defendeu.
Na Mira do Crime
Saiba mais sobre este assunto, clicando AQUI
Lil Pasta News, nós não informamos, nós somos a informação
0 Comentários