Depois de se tornarem milionários onde andam e o que fazem os antigos ministros entre outros governantes?



Angola será dos países, a nível mundial, que em menos de cinco décadas de independência, teve no governo o maior número de ministros, vices, secretários de Estado e governadores provinciais, para além de muitos outros altos funcionários em diversos órgãos de soberania. Geralmente, provenientes de diversos extractos sociais, chegaram ao poder, ditaram as suas leis, tornaram-se milionários como num toque de mágica, assenhoraram-se do país, dos seus recursos e riquezas, fizeram e desfizeram a seu belo prazer e depois, simplesmente desaparecem. Uns tornam-se incógnitos dentro do país e a maioria prefere o estrangeiro para desfrutar das riquezas adquiridas ilicitamente.

É ponto assente que, em Angola, entre centenas de indivíduos que passaram pelas altas esferas governativas do país, contam-se pelos dedos das mãos os verdadeiramente honestos, empenhados, que servirão com patriotismo a causa do país e do povo, que não se valeram do poder para servirem-se e, quando deixaram o poder, impolutos, ainda puseram a sua experiência ao serviço da sociedade, lecionando em universidades ou prestando a sua colaboração em outras instituições.

Porém, a grande maioria, muitos dos quais com formação duvidosa, apenas se valeram dos cargos para se servirem e, actualmente, com chorudas contas bancárias em paraísos fiscais, esfumaram-se no mundo e esqueceram-se da sua terra.

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Apesar da sua considerada “ingratidão” e menosprezo pelos seus concidadãos e pela Pátria, alguns dos mais influentes membros dos círculos do poder em Angola, são detentores de muito dinheiro e de uma rede de influência poderosa que continua a arruinar o país.
A estes, juntam-se aqueles que, mediante as facilidades que lhes concede o partido, MPLA, escudam-se na Assembleia Nacional (parlamento), onde gozam de imunidades e regalias, mas com participação apagada, ou seja, não mugem nem tugem em relação ao estado vigente no país e à situação do povo.

Há ainda os que foram “desterrados” para a diplomacia e exercem a função de embaixador ou de cônsul.

A maioria continua envolvida em crimes de peculato, violação das normas de execução orçamental, abuso de poder, branqueamento de capitais, associação criminosa e até financiamento ao terrorismo, em vez de investir no país que lhes proporcionou poder e grandeza e/ou, pôr à disposição da sociedade o seu saber, experiência e recursos.
Muitos deles, além de sólida formação académica, adquiriram grandes conhecimentos políticos e militares, embora outros nem tanto, mas uns e outros preferem esconder-se atrás de capas obscuras, injectando o dinheiro surripiado de Angola em outros países, enriquecendo outras pessoas em detrimento da sua própria gente.

Como tem-se dito, se esses antigos goverantes fossem realmente patriotas, amigos do seu povo e empregassem um pouco das fortunas que adquiriram enquanto estiveram no centro do poder, o destino de Angola e a situação das populações angolanas seriam, certamente, muito diferentes e melhores, J24 Horas.

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