Um dia, à saída de casa, em Luanda, percebi que a polícia interpelava um moto-taxista que estava sem máscara, e fazia-o no tom próprio e intimidante destas circunstâncias, retendo o rapaz e a mota.
Fiz o que não se recomenda a ninguém: dirigi-me ao grupo e perguntei se estava tudo bem ao mesmo tempo que retirava uma máscara limpa da carteira e a dava ao rapaz. Os polícias olharam-me, meio perplexos. Num tom baixo e afável, pedi: 'por favor, tenham calma', evitando as expressões dos polícias, que, muito possivelmente, acharam que eu era doida.
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E lá segui para o supermercado em frente. Quando voltei, o moto-taxista já não estava por ali, e também não vi os polícias. Quero acreditar que não aconteceu nada.
Hoje, quando uma medida que achei absurda desde a primeira hora, e escrevi sobre isso por aqui, foi revogada depois de um dilacerante acontecimento que colocou Sílvio Dala, polícia nacional e morte na mesma frase, em textos dentro e fora de Angola, voltei a lembrar-me daquele momento. Sim, acredito, não aconteceu nada naquele dia e não voltará a acontecer mais nada nos dias que por aí vêm por causa das máscaras.
Repousa em paz, Sílvio Dala.
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