Os Guardas de Miramar protegem os muito ricos de Angola a troco de salários de miséria

Luanda, a capital angolana, é uma das cidades mais caras do mundo — para expatriados, note-se. Isto porque 35% dos angolanos vivem em pobreza extrema e 34% em pobreza moderada: ou seja, 22 milhões de pessoas vivem sem quaisquer perspectivas de melhoria das condições de vida.

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Estes são dados importantes para Daniel Seiffert, cuja série fotográfica, Guardas de Miramar, tem enfoque no grande fosso que existe entre ricos e pobres no país. Entre Abril e Maio de 2018, o fotógrafo esteve no bairro de Miramar, em Luanda, um lugar "com passado colonial onde vivem muitos estrangeiros, na companhia da elite angolana, que vive detrás de grandes muros protegidos por arame farpado e cacos de vidro", descreve na sinopse do projecto presentemente em exposição nos Encontros da Imagem, em Braga. "Além, claro, de um batalhão de seguranças que se sentam diante dos edifícios, 24 horas por dia, e os mantêm protegidos." Quase todos, garante, têm em comum o passado militar; participaram, de um lado ou de outro do conflito, na guerra civil que fustigou o país até 2002.

E é graças à sua experiência militar que são convidados a proteger esta "elite extremamente rica" em troca de salários miseráveis. Ao retratar os guardas de Miramar e as cadeiras onde se sentam, em serviço, Seiffert partilha uma história de desigualdade, de privilégio e da falta dele. "As grandes indústrias do petróleo e dos diamantes do país são, infelizmente, mais uma maldição do que uma benção", lamenta.

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