O PAÍS NÃO DEVE SER CONDUZIDO PELOS VENTOS DAS REDES SOCIAIS

Nas últimas semanas levantou-se nas redes sociais uma onda de conspirações e ataques contra o Ministro do Interior, sobretudo no seio de alguns activistas sociais políticos ou «bocas de aluguer».
Essa prática não é nova. Foi com surpresa, porém, que assistimos a certos activistas políticos que usaram as redes sociais para criarem factos políticos que influenciaram o Presidente da República aquando da exoneração do então Juiz Presidente do Tribunal Supremo, Dr. Rui Ferreira. Depois de ter sido fustigado e sofrido tanta pressão psicológica e política, o venerando Juiz pediu a sua demissão.

Hoje, está a ser a vez do Ministro do Interior. Está a ser acusado de responsável pelas mortes dos cidadãos que perderam a vida pelas mãos de agentes da Polícia Nacional ao longo da presente fase de confinamento, entre outras acusações.

Esses activistas que pediram a cabeça de Rui Ferreira agora pretendem derrubar Eugénio Laborinho. Amanhã, creio que vão pedir a cabeça do Presidente da República. Essa atitude deve ser condenada veementemente.

O País não deve ser conduzido pelos ventos das redes sociais, muito menos pela agenda dos activistas políticos com interesses inconfessos. O Estado angolano tem instituições que devem ser respeitadas.
Entretanto, à luz do Decreto Presidencial n.o 154/19, de 9 de Maio, no seu artigo 9o, alínea a), «É o Comandante Geral que representa a Polícia Nacional de Angola.» Significa que, havendo culpa policial nas mortes dos cidadãos angolanos, a responsabilidade não deve recair sobre o Ministro do Interior, mas sim, sobre seus autores morais e materiais.

Fisioterapia ao domicílio com a doctora Odeth Muenho, liga agora e faça o seu agendamento, 923593879 ou 923328762


É insano da parte do Comandante Geral, Paulo de Almeida, pronunciar-se tardiamente sobre a morte do médico angolano Sílvio Dala, que perdeu a vida numa esquadra da Polícia Nacional, pois, é ele que representa a corporação, está no plano táctico-operativo e o Ministro, no plano estratégico. Logo, não deve fazer papel de Ministro do Interior. “Sentado na poltrona como se nada estivesse acontecer”.

Aplaudimos o pedido de desculpas, foi um gesto digno, “ mas condenamos o silêncio e o tempo de resposta, pois, essa situação está a criar mal-estar no seio da PN e do MININT. O Comandante Geral, para além de se subordinar à Constituição da República, às leis, ao PR na qualidade de Comandante em Chefe, deveria também, subordinar-se ao Ministro do Interior.

Entendemos que a Polícia Nacional é uma Instituição e os autores materiais das mortes têm nomes e são identificáveis. Continuando o General Eugénio Laborinho no Interior, é óbvio que haverá mudanças significativas para melhor em todos os órgãos e elementos afectos ao MININT e, também, no que tange à redução da criminalidade, que é a espinha dorsal do país. Ele conhece a casa e tem experiência comprovada.

O Ministro do interior deve procurar melhorar a sua relação de comunicação com a Imprensa, e deixar de assumir em primeira instância competências da Polícia Nacional em matéria de criminalidade, sobretudo quando se registam excessos, pois deve ser uma estrutura de recursos a segunda instância, e porta aberta para os cidadãos recorrerem quando os seus direitos são violados, logo, o seu porta- voz Waldemar José não devia pronunciar-se precipitadamente fazendo papel de “arbitro e jogar ao mesmo tempo”.

Não é possível o Comandante Geral estar ao mesmo nível com o Ministro do Interior em despachos com o Presidente da República. É preciso suavizar os superpoderes que o Decreto atribui ao Comandante Geral, e deixar Eugénio Laborinho organizar o xadrez cuja dama se encontra no “período fértil”.

Altavino da Costa Rodrigues (MSc. em Psicologia Criminal)

Saiba mais sobre este assunto, clicando AQUI

Lil Pasta News, nós não informamos, nós somos a informação

Postar um comentário

0 Comentários