Militantes da FNLA impedidos de entrar na sede do partido


O presidente da FNLA, Lucas Ngonda, está a ser acusado de bloquear o acesso de militantes e funcionários
na sede da FNLA, desde o final do mês de Agosto, altura em que afastou Pedro Mocombe Dala, do cargo de secretário/geral do partido, por alegada traição ao pacto de unidade e reconciliação com vista à reunificação de todas as alas da organização política.

O porta-voz do partido, Jerónimo Makana, disse, em entrevista ao jornal OPAÍS que, desde o dia 27 de Agosto, todos os militantes e funcionários do partido foram impedidos de entrar na sede da organização por orientação do presidente Lucas Ngonda.

Este para fazer valer a sua posição, frisou Jerónimo Makana, contratou um grosso de efectivo de homens (caenches) para fazer a cobertura à volta da instituição e assim bloquear todas as tentativas de entrada no interior da instituição.

Segundo Jerónimo Makana, como resultado deste bloqueio, muitos cidadãos, funcionários do partido, não conseguem desenvolver as suas actividades e o militantes não têm a possibilidade de se reunir ou criar os habituais encontros para traçar e coordenar políticas a favor da organização fundada por Holden Roberto.

De acordo com a fonte, Lucas Ngonda terá, inclusive, orientado os homens a usarem a força caso algum militante tente entrar no interior do partido sem que seja autorizado por ele.

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“É que ninguém pode se aproximar da sede do partido que os homens posicionam-se logo a atacar. É uma situação anti-democrática, porque com esse gesto o presidente do partido demonstra grosseria e desrespeito contra os militantes e os próprios funcionários”, deplorou.

Situação insustentável

Jerónimo Makana fez saber ainda que Lucas Ngonda vem gerindo o partido de maneira arbitrária como se de sua propriedade pessoal se tratasse. Conforme explicou, não respeita os decretos tão pouco as outras estruturas da organização como o comité central, secretariado e militantes.

Diz o político que a situação da FNLA tornou-se insustentável e difícil de gerir por culpa de Lucas Ngonda que “pontapeia” todos os princípios democráticos para fazer valer as suas posições baseadas no orgulho, interesses pessoal e o macabro” desejo de se perpetuar na liderança do partido.

“Lucas Ngonda precisa perceber que a FNLA não é seu projecto pessoal.

É uma organização nacional onde se revê a maior parte dos angolanos. Não é justo que até hoje continuamos nessa briga e luta de poder por causa do desejo macabro do presidente Lucas Ngonda que é, na verdade, um grande problema”, referiu.

Clemência pela Justiça
O porta-voz da FNLA lamentou ainda o facto de os órgãos de justi- ça olharem para a situação deplo- rável em que se encontra a FNLA e não tomarem uma posição de forma a regular para a normalidade. Conforme disse, à semelhança de outros processos irregulares, recentemente, na sequência do afastamento do seu secretário-geral, Pedro Dala, a FNLA, por via da ala oposta a Lucas Ngonda, intentou uma acção judicial contra o presidente, mas não teve êxito da parte do Tribunal Constitucional.

“Se, de facto, todos tivéssemos a consciência do poder da FNLA, penso que o senhor Lucas Ngonda
já não seria o presidente da organização. É que não pode o presidente ser o factor de instabilidade no seio da organização”, friou.

Lucas Ngonda em silêncio
Na sequência destas acusações, o OPAÍS contactou o presidente do partido, Lucas Ngonda, mas sem sucesso.

Fontes próximas a Ngonda disseram que, para os próximos tempos, está prevista a realização de um encontro entre as alas desavindas de forma a encontrar-se a melhor saída do partido.

Recorde-se que o presidente da FNLA, Lucas Ngonda, decidiu afastar, no dia 27 de Agosto, Pedro Mocombe Dala, do cargo de secretário-geral do partido, por alegada traição ao pacto de unidade e reconciliação com vista à reunificação de todas as alas da organização política criada por Holden
Roberto.

No lugar de Pedro Dala, Lucas Ngonda indicou, interinamente, Aguiar António Laurindo. O líder da FNLA fez este pronunciamento durante uma conferência de imprensa, cujo assunto nenhum membro da direcção tinha conhecimento.


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