Manuel Vicente o líder da máfia que faliu a Sonangol

O antigo PCA da Sonangol e ex-Vice – Presidente da República, Manuel Vicente, é um dos embusteiros que mais se aproveitou do erário público para enriquecer. Enquanto chefe da Sonangol criou empresas e consórcios por todo mundo que, além de servir para o desvio de enormes carregamentos de petróleo bruto, branqueou o capital obtido ilicitamente no país e, como se não bastasse, as ditas empresas ainda “assinavam” contratos com a petrolífera angolana para fictíciasconsultorias, assessoria técnica e prestação de serviços vários, entre muitos outros esquemas. Há muito que Manuel Vicente e seus comparsas deviam estar presos, por isso se vai dizendo que o “combate à corrupção” é selectivo, político e tem alvos definidos.

Um desses esquemas, conforme tem sido revelado nos últimos dias, tem a ver com contratos que lesaram a Sonangol, entre os quaisos casos de sobrefaturação de seguro firmados com a seguradora AAA, do empresário Carlos São Vicente, que foi constituído arguido pela Procuradoria-Geral da República de Angola e encontra-se em prisão preventiva por acusações de peculato e branqueamento de capitais, entre outros crimes, tendo uma das suas contas bancárias, onde estão depositados 900 milhões de dólares, sido congelada pelas autoridades suíças.

Manuel Vicente, propositadamente, não olhava a extremos, fazendo a petrolífera desembolsarsomas elevadíssimas, alegadamente com seguros na AAA que não se justificavam. Daí que, garante fonte do sector, a conta bancária de São Vicente não é a única, porque muitas pessoas ligadas à Sonangol, sobretudo naquela altura, têm muito dinheiro lá fora.

Ao que consta, ao longo de dez anos, em que a Sonangol foi parceira da AAA, perdeu mais de cinco mil milhões de dólares, porque aos valores a serem pagos por ano pelos seguros dos petróleos, acrescentava-se cerca de 500 milhões de dólares que iam para os bolsos de Manuel Vicente e seus comparsas.

Fisioterapia ao domicílio com a doctora Odeth Muenho, liga agora e faça o seu agendamento, 923593879 ou 923328762


«A este valor somam-se perdas enquanto acionista, já que a Sonangol esteve na origem da criação da AAA, uma participação, que foi diluída com o tempo, mas cuja compensação não foi demonstrada»,disse a fonte.

A mesma fonte afirma ainda que há muito “gato escondido” na parceria entre a Sonangol e a AAA que nunca foi desvendado, pelo que é urgente que se faça uma auditoria imparcial às contas dessa ligação entre as duas instituições. «Por isso há muitas pessoas dentro e fora da Sonangol que beneficiaram desse esquema e ficaram com muito dinheiro», reiterou a fonte.

Entre tantas “engenharias” e falcatruas que lesaram a Sonangol em particular e o país emgeral, foi a criação de empresas “fantasmas”, algumas sedeadas em Angola, outras no estrangeiro e/ou em vários países ao mesmo tempo.

O estratagema que serviu para ludibriar o Estado angolano, por altos dirigentes e membros do Executivo, entre outros, e que resultou no mega desfalque que Angola sofreu durante décadas, acabou por lançar o país no abismo da miséria e sofrimento.

Como se tratavam de “fantasmas”, os contratos apenas serviam para roubar, sem haver a contrapartida dos serviços acordados. Muitos destes “esquemas” estão a ser revelados, como o que tem a ver com a Riverstone Oaks Corporation (ROC), alegadamente propriedade de Manuel Vicente e seus comparsas Orlando Veloso e Francisco Lemos.

Segundo fontes do sector, a ROC foi constituida apenas para roubara Sonangol e a Sonip, tendo-se apoderado ilicitamente de vários empreendimentos e imóveis, como  prédios, condomínios e terrenos.

De acordo com a fonte mencionada, a empresa ROC- Riverstone Oaks Corporation, é propriedade dos sócios Manuel Vicente, Francisco Lemos e Orlando José Veloso que, entretanto, são

representados por s“testas de ferro” como:  Norberto Couto Morais Marcolino (“testa de ferro” de Manuel Vicente); Solange Josefa Antônio Alberto (“testa de ferro” de Francisco Lemos); Sandra Quengue Dias dos Santos Joaquim (“testa de ferro” de Orlando Veloso) com quem vive em união de facto.

Outras empresas, também propriedade dos mesmos indivíduos e que urge que sejam investigadas, são as empresas Pocthe Limitada, e a empresa Homestar AS, também utilizadas para branqueamento de capitais.

Numa grande jogada de “malabarismo mafioso” a ROC roubou da Sonangol condominios e terrenos, entre outros, qu e depois revendeu à sua subsidiáriaSonip. A ROC criou também a empresa “Dreams Leisure- Hotelaria e Turismo”, igualmente propriedade do trio de sócios citados acima e é a gestora do Hotel HCTA, que é (era) propriedade da empresa estatal Sonangol.

Enquanto isso, usando a Sonip como capa, principalmente no período em que esta era gerida de acordo com a conivência dos três sócios e proprietários da “Dreams Leisure”, Manuel Vicente, Francisco Lemos e Orlando Veloso, nunca houve uma correcta prestação de contas das actividades da subsidiária da Sonangol.

Ao invés disso, a estatal Sonip era usada para que se efetuassem pagamentos no valor de 1.000.000 (um milhão) de dólares, às empresas ENAKAR Lda, e à empresa Homestar- AS (empresas “fantasmas” e propriedade do mesmo trio), em seu nome. Isto é, além do facto de a empresa proprietária (Sonip), não receber os valores devidos do seu empreendimento, ainda ordenavaque a “colaboradora”, Dreams Leisure, repassasse à terceiros parte dos valores devidos a si, alegadamente por investimento por conta do proprietário, devido a serviços prestados, mas que facilmente pode-se verificar tal fraude, visto que não existem serviços prestados ao Hotel HCTA nessa altura, assim como não existem facturas destas empresas, emitidas para tais serviços.

Tão pouco, estas empresas têm ou tinham competências para prestações de serviços em semelhantes montantes ao Hotel HCTA, o que pode ser verificado com uma simples análise à contabilidade das

empresas envolvidas.


Porém, segundo duas correspondências a que se teve acesso, emitidas pela Sonip à dita Dreams Leisure autorizando tais pagamentos, a primeira foi assinada pelo então “teste de ferro” de Orlando Veloso na Sonip, Atendel Chivaca, e a outra, assinada pelo próprio Orlando Veloso.

Após a demissão de Atendel Chivaca da Sonip, ele exigiu que tal documento por si assinado, fosse-lhe devolvido, o que forçou o próprio Orlando Veloso, embora, nessa altura, já ausente da Sonip e de Luanda, a elaborar outro documento e substituir o anterior dentro da sua própria empresa (Dreams Leisure). Contudo, verifica-se que o documento anexo, autoriza o pagamento por conta de terceiros, somente à empresa ENAKAR, tendo o total autorizado de 1.000.000 (um milhão) de dólares, sido dividido e transferido em parcelas de 400.000 dólares à empresa Homestar e 600.000 dólares à empresa ENAKAR, todas empresas “fantasmas” cuja finalidade é (era) o branqueamento de capitais.

Para que conste, a empresa ENAKAR, tem como proprietários: Elisa Eurico de Oliveira Tavares, (mas que pode estar a usar, oficialmente, algum “testa de ferro”) e Orlando Jose Veloso que, tal como a sua sócia, utiliza outro “testa de ferro” para fins inconfessos.

Elisa Eurico de Oliveira Tavares é “testa de ferro” de Orlando Veloso em diversos negócios em Luanda, como lavandarias, creches e pré-escolas, além de empresas comerciais em Portugal e outros negócios em Dubai e China. Conhecem-se há mais de duas décadas desde que trabalharam juntos , inicialmente na extinta DENG e posteriormente na Sonip e alcançou a função de diretora de Gabinete. Posteriormente, foi guindada a“testa de ferro” do seu então chefe, chegando ao status de sua sócia em vários outros negócios.

Tão logo, Orlando Velosofoi afastado da Sonip, em meados de 2016, a mesma iniciou um processo junto da sua empregadora (Sonangol), solicitandode licença por “alegados motivos de saúde”  e teve  êxito, conseguindo-a.

Actualmente está a dedica-se exclusivamente à gestão dos seus negócios e do seu sócio Orlando Veloso, ocupando para tal, um gabinete em outra empresas de Veloso, aSIGMA GROUP.

As fontes afirmam que o Hotel HCTA, foi desde o início, um instrumento utilizado para desvios de
recursos públicos, considerando que desde a sua construção, fiscalização da obra e o seu equipamento mobiliário, tudo ficou a cargo dos seus “algozes”, ou seja, a SIGMA GROUP, que continua a saqueá-lo até aos dias de hoje.


O grupo deste “trio” é composto por várias empresas, criando um longo emaranhado com participações de umas nas outras e com utilização de “testas de ferro”, com o objectivo de baralhar e dificultar os órgãos competentes de chegarem aos seus efectivos proprietários.

Muito mais há sobre esta imensa rede de mafiosos e seus crimes que continuarão a ser aqui revelados. A sociedade angolana, espera que os órgãos competentes da Justiça, especialmente a Procuradoria Geral da República (PGR), diante de tantos indícios de crimes cometidos pelos indivíduos aqui citados, entre outros, os constitua como arguidos para que possam ser julgados e condenados, bem como se recupere os bens e activos adquiridos por via do roubo sistemático que prejudicou tragicamente o Estado angolano.

Saiba mais sobre este assunto, clicando AQUI

Lil Pasta News, nós não informamos, nós somos a informação

Postar um comentário

0 Comentários