Em Maio de 1962, Nelson Mandela viajou clandestinamente para Nigéria em busca de apoio para desencadear uma luta armada contra o regime do Apartheid. Três meses depois da viagem, foi detido e levado para o julgamento em que o ministério público, da África do Sul pedia a pena de morte (em vigor na altura) para Mandela e seus 12 companheiros por crime de sabotagem contra o Estado.
Na altura, o então respeitado ministro dos negócios estrangeiros da Nigéria, Jaja Anucha Wachuku – que serviu antes como embaixador do seu país na ONU - moveu influencia diplomática, junto da Inglaterra e EUA, países que participavam como observadores do julgamento, para que estes intercedessem em defesa de Mandela, e seus companheiros. Jaja Wachuku falou com os embaixadores destes dois países, baseados em Lagos e também com o então Secretário de Estado americano David Dean Rusk. O regime do apartheid considerou os pedidos de Jaja Wachuku (feitos por intermédio da Inglaterra e EUA) e reverteu a sentença de Mandela, a prisão perpetua ao invés de pena de morte. Mandela quando saiu da prisão agradeceu o papel da Nigéria na luta contra o apartheid. No seu diário, cita os dois encontros que teve com o falecido ministro Jaja Wachuku na sua viagem clandestina de 1962, a Lagos.
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A Nigéria ficou hoje na historia como o país africano que mais apoio financeiro prestou para a luta do ANC contra o regime Apartheid. A Nigéria alocava no seu orçamento, 5 milhões de dólares por ano, para o ANC. Tinha programa de bolsas de Estudos para os membros deste movimento. Havia neste país, a chamada “Mandela tax” em que cada funcionário público era descontado 2 centavos do salário para a causa do ANC. Estima-se que de 1960 a 1995, a Nigéria gastou cerca de US 61 bilhões de dólares para a luta do ANC pela democracia na África do Sul.
O sucessor de Mandela, Thabo Mbeki foi representante do ANC na Nigéria entre 1977 a 1983, período em que conheceu o general Olusegun Obasanjo, com quem mais tarde criou o programa econômico, NEPAD - Nova Parceria para o Desenvolvimento de África.
Quando há alguns anos, se deram, os primeiros ataques xenófobos na África do Sul, Nelson Mandela, já velhinho disse que se a África do Sul quisesse ser "ingrata" com a Nigéria, não deveria matar nigerianos.
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