Bancos temem que material de plástico dificulte multi-caixas a ‘segurarem’ novas notas

Há uma forte possibilidade de existirem problemas de aderência da nova família do kwanza aos multi-caixas, devido ao material utilizado na sua produção, concretamente o plástico “que poderá estorvar” o normal funcionamento.

Estes são, pelo menos, os receios de diferentes instituições bancárias consultadas pelo VALOR. “Em relação ao tamanho, não haverá problemas como se tentou fazer crer no princípio e a Emis veio esclarecer e bem. O que poderá acontecer é problema de aderência. Como as notas são de plástico, o que vamos constatando é que as máquinas não devem estar devidamente preparadas. Mesmo já nas máquinas de contar nota-se esta dificuldade, estão constantemente a saltar”, explicou um quadro sénior de uma das instituições bancárias, esclarecimento que, de resto, se assemelha ao de outros bancários.

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Como apurou o jornal, os bancos ainda não ensaiaram as notas nos multi-caixas em cumprimento da orientação da Emis, que determina que as notas a serem introduzidas nos multi-caixas devem ser apenas as de mil kwanzas em diante.

Contrária aos receios dos bancos, a Emis garante não haver nenhum problema com as novas notas do kwanza nos terminais de pagamento, ou seja, os multi-caixas, “porque elas são perfeitamente adaptáveis ao equipamento”. “Não registámos qualquer anomalia quanto à aderência dessas notas nos ATM”, respondeu um executivo da empresa, esclarecendo que “os terminais podem ser carregados normalmente e dos ensaios, até ao momento, não recebemos nenhuma queixa”.

O BNA já colocou em circulação mais de 20 milhões de kwanzas de notas de 200 da série 2020, uma semana depois do seu lançamento a 30 de Julho último.

De forma gradual, entram em circulação as notas de 500 kwanzas (17 de Setembro), de mil kwanzas (1 de Outubro), e 2.000 (11 de Novembro), de acordo com o calendário do Banco Central.

VE

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