Angola: Mulheres de Pastores se prostituíram em tempo de confinamento

Centenas de Pastores provenientes da vizinha República Democrática do Congo, que se dedicam na atividade religiosa para ganharem o seu pão em Angola, com fins de conseguirem imigrar para Europa, chegaram de divorciar com supostas esposas, outras casadas por força maior da pandemia, concluí uma Reportagem do Repórter Angola, nos bairros do Palanca, Mabór, Petrangol e Golf1.

“Covid não foi uma boa coisa, até as nossas mulheres estão a fugir de casa para se prostituírem, porque as igrejas que eram nossas fontes de rendimentos estão fechadas pelo Governo” desabafa no microfone do Repórter Angola o Pastor Gelor, da Igreja Pentecostal Centro Betel no bairro Palanca em Luanda.

Oferecer o corpo em troca de dinheiro é das mais antigas práticas existentes no mundo. Algumas raparigas sentiram-se forçadas pelas circunstâncias da vida a optar por esta via no Bairro Palanca, município do Kilamba-Kiaxi, Viana, Cacuaco, Samba e até um pouco pelo Centro da cidade , em Luanda. Alguns praticantes declararam que aquilo que as motiva a ‘venderem-se’ apontaram a falta de oportunidade de emprego e a difícil situação financeira em que se encontram.

Entre tanto, a Covid-19 parece ter vindo a piorar o problema da miséria, o Repórter Angola esteve inicialmente no Bairro Palanca em Luanda, entre os meses de Abril à Agosto ultimo, onde pude constatar in-loco o fenômeno.

O Bairro com estrada as escuras, começa a aquecer e ficar movimentada a partir das 19horas musica alta a cada esquina, encontramos um bar ou uma cantina cujo negocio é a venda de bebidas alcoólicas, com jovens entre 19 a 38 anos a perfilarem em danças, outras sentadas em companhia de uma boa musica do Fally Ipupa, But na Fillet , Fabregas ou mesmo Koffy Olomide apenas para citar estas.

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Estamos na via que liga entre Administração Comunal do Palanca, no “Zaba”, até ao Bairro Popular, no outro lado da estrada existe a casa nocturna mais antiga, a famosa pensão do Mavakala onde a mulher custa 1000 Kz e o quarto também o mesmo preço por uma hora. Este estabelecimento comercial do sexo mantinha os serviços abertos mesmo em tempo de quarentena, de estado de emergência até ao período de calamidade clandestinamente, o trabalhador de nome Gabriel ficava apenas na porta a controlar a clientela que depois chamava, abria a porta e no interior recebia o dinheiro, com as luzes apagadas.

Numa breve reportagem a nossa equipa encontrou curiosamente uma profissional do sexo, de nome Judith Nkano de 32 anos que disse ter sido esposa de um Pastor cuja igreja se encontra encerrada desde março ultima.

Para uma entrevista em local seguro, pagamos o serviço com intuito de arrancar umas declarações e levou-nos a porta do Hotel Dom Miguel, onde encostados a um caminhão avariado começou por detalhar-nos.

“Eu não tenho família aqui na Angola, vivia com meu marido que com tempo ficou Pastor da Igreja Pentecostal MERCA, com o encerramento de igrejas por causa do Coronavírus, em casa já não tem nada para comer por estou aqui para trabalhar um pouco”, narra sem receios, com uma Eka na mão e vestida de um pano africano.

A menos de 10 metros, encontramos um Bar denominado “Mathieu 7:7” que em português significa Mateus 7:7, aqui não existe quartos, apenas musica alta, cerveja e cabrité com muitos jovem em dança da musica Congolesa animada.

Deparamos-nos com uma antiga esposa de um Pastor congolês, de nome Bela “Isabel Nsimba” de aparentemente 40 anos, sobre-vive de sexo para arrendar a casa onde vive com amigas.




“estou a fazer isso para pagar renda de casa e comprar comida, eu vivo só com minha amiga, estava na casa do Marido Pastor da Igreja Evangélica Centre Monte Sinai, na rua do Kayongo do pastor Emanuel, ele me batia muito e toda hora reclamava como se eu fosse culpada dessa doença, desde que fecharam as igrejas no João Lourenço”, conta.

Carinhosamente conhecida por Bela, a jovem garante que o marido pastor “ estava a passar muitas dificuldades”, desde março ultimo porque “não tínhamos o que comer, cheguei de faltar mesmo 50 Kz para comprar um bidon de Água e há vezes que dormimos a fome e há vezes que o marido me batia” denunciou.

Cenário do gênero deparamo-nos,  com duas jovens na casa Junior um bar perto da igreja Kimbanguista, na avenida Pedro de Castro Vandunén Loy onde a prostituição é tida como tradição, depois da Olímpia Macueira.

Neste local, o sexo custa 1000 Kz, sendo 200 Kz para segurança e 800Kz que fica para a mulher e o insesto do crime é praticado no quintal da Igreja Visão ou do Colegio arco-iris, num beco que dá acesso a uma esquadra da 31ª do Kapolo 2, perto da Universidade UTANGA.

Madó é uma jovem de 26 anos, mãe de duas criança foi esposa de um evangelista, e por não fazer nada além de cantar na igreja, em tempo de covid com atividade suspensa, marido em viagem em Cabinda com missão de abrir uma igreja,  foi “convidada” a abandonar a casa de renda onde morava no bairro Sapú. Não tendo formação académica que lhe permita conseguir um emprego com salário condigno, viu na prostituição um meio para garantir o pão de cada dia da família.

“Não faço isso por gosto, é a necessidade”, desabafa a jovem rapariga com o rosto triste. “Apenas conclui a 9.ª classe, nem bilhete de identidade tenho, os meus pais vivem no Congo, tenho é que sustentar as minhas filhas”.

Em média, se o movimento for aceitável, envolve-se por dia com doze a vinte homens, sendo que por cada acto cobra  mil kwanzas, levando para casa entre 12  a 16 mil Kwanzas, descontando o
pagamento do parque a um segurança.


Já Dorcas é mãe de duas crianças e tem apenas 21 anos, disse à nossa equipa de reportagem que depois de muito procurar por emprego sem sucesso, optou pela troca do corpo por dinheiro. No entanto, considera a prostituição como uma profissão como outra qualquer, onde as pessoas trabalham e, por isso, são remuneradas.

“eu me sustento sozinha e graças a isso, consigo comprar algumas coisas para enviar nos meus filhos que estão na minha mãe” explica, a jovem que disse já ser convidada por um diácono da Igreja Bom Deus para abandonar a profissão, mais a relação não durou por falta de possibilidade do Jovem religioso.

“Não é fácil envolver-se com pessoas estranhas. Normalmente primeiro consumo bebidas alcoólicas. Há colegas que se drogam, porque há homens que mesmo sabendo que vão ‘embrulhar-se’ conosco nem da higiene tratam”, lamenta Dorcas.

Seguimos a viagem até ao Bar Azul e Branco a escassos metros da Igreja Kimbango, neste local movimentada o ambiente é o mesmo com os referido atrás, continuamos a viagem até bem perto da Escola Divina Providência mesmo cenário, ignorado pela nossa reportagem.

Na paragem do Golf 2, defronte ao Banco BFA, por espanto encontramos um Pastor “prostituto”, que se socorre as vezes das profissionais de sexo em casas nocturas por se encontrar solteiro.

“eu sou cristão, nesse momento a mulher me fugiu, eu trabalho no serviço divino, mas não estava a suportar e foi-se, eu também não posso ficar assim, as igrejas estão fechadas” disse o homem conhecido apenas por Arcanjo Miguel.

Segundo as ‘mulheres da vida’  para qualquer acto sexual exigem dos clientes o uso do preservativo, Apesar disso, há indivíduos que se predispõem a pagar mais para fazer sexo sem a ‘camisinha de Vénus’ e algumas jovens acabam mesmo por aceitar.


As paragens da prostituição não terminam apenas no Golf 2, continuam até a Academia BAI junto, onde se pode verificar a mesma pratica e na mesma avenida.


No Biarro Hoje-ya-Henda, a caminho dos Bairros Mabor Imbondeiro e Patrangol no Cazenga, 22horas, Dezenas de jovens com idade entre 16 a 23 anos perfilam nos pontos habituais e chamam com sinais a cada viactura que abranda a marcha.

Um outro ponto de encontro foi a feira de Cacuaco, entre as 18h00,  a equipa de reportagem chegou. Quando Maria, Ana e Sandra já estavam à espera junto às bombas da Sonangol, um dos principais pontos de prostituição de Cacuaco. As três mulheres vivem naquele município, uma no bairro do Paraíso e duas no bairro da Pedreira. Sandra é uma mulher de estatura média, magra e de cabelos longos. Tem 35 anos, é casada e mãe de quatro filhos. Prostituta há 10 anos, entrou neste mundo por falta de oportunidades de emprego. “Entrei na prostituição como se fosse uma brincadeira, quando engravidei do terceiro filho,  Tinha uma amiga que, na altura, era prostituta. Depois de ver as necessidades que enfrentava, convidou-me a fazer parte do grupo dela, composto por sete jovens. Desde aquela altura nunca mais parei”, lembra.

A maioria dos clientes é jovem. Têm à volta de 18anos, são atraídos pelo desprendimento e experiência que a idade pode oferecer. “Eles falam que as namoradas e, muitas vezes, as mulheres em casa são cheias de frescura. Cheias de não toca aqui ou não pega ali ou ainda não faz isso. É isso que faz com que muitos homens vão para a rua procurar o que não têm em casa, porque conosco eles podem fazer loucuras”, teoriza.

R.A

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