Prezados compatriotas, João Pinto e Manuel da Rocha.
Estávamos em Setembro de 1989. O contexto internacional e a correlação de forças pendiam à favor da UNITA, indiciando o início de uma nova etapa que levaria às negociações em Portugal , entre UNITA e o governo de Angola. Nesse mês de Setembro, a UNITA realizou o seu II Congresso Extraordinário na Jamba, para analisar as perspectivas de negociações com o governo angolano, tendo adoptado, nas suas resoluções, o " Plano de Paz para Angola", resumido em 5 pontos, em que constava, o estabelecimento de um cessar de fogo, a libertação de todos os presos políticos e a formação de um governo de unidade nacional e de transição. A UNITA propôs como questões prioritárias, a adopção de uma nova Constituição e a criação de condições para a realização de eleições, livres, justas e transparentes.
Por conseguinte, a história dos diamantes e do marfim que referem nos vossos ' posts' não passou de um puro exercício de propaganda do regime angolano que atravessava na altura um período de muitas incertezas, perante as mudanças políticas que se avizinhavam para o país. Com este exercício de propaganda, o governo angolano quis desviar a atenção da opinião publica nacional e internacional, da importância das resoluções saídas do II Congresso Extraordinário da UNITA que abraçavam a paz e o fim do monopartidarismo.
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Como de facto veio a acontecer. Estive com o João Soares nesse dia do acidente. Separamo-nos pouco depois de partirem para o aeroporto internacional da Jamba. Seriam entre 18 e 19 horas e uma hora mais tarde fui informado sobre o acidente. Reunimo-nos de imediato com o Dr. Savimbi no Bairro Diplomático, no BI, já que a delegação portuguesa era dirigida por mim, na qualidade de Representante da UNITA em Portugal.
Viemos juntos de Lisboa. De facto, ao se fazer a pista, na descolagem, e ao fazer a curva, uma das asas do pequeno avião, embateu numa árvore, provocando o acidente. Dos cinco passageiros, o Dr. João Soares foi o que mais sofreu, com ferimentos graves. Teve os primeiros socorros no hospital da Jamba e, em seguida, evacuado para a África do Sul. Portanto, são falsas todas as noticias postas a circular sobre diamantes e marfim. O MPLA falava em toneladas de Marfim, que nunca poderiam caber num pequeno avião, num Cessena, como se pode ver nas imagens. Nenhum dos passageiros levava diamantes porque a UNITA tinha circuitos nacionais e internacionais para a comercialização de diamantes, cujas receitas sustentavam o Orçamento Geral das Terras Livres de Angola que tinham a Jamba, como capital provisória.
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