A jornalista Elisa Coelho da Cruz promoveu nesta sexta-feira uma fubada de abuso no meu chalé, para assinalar o seu custoso regresso a Luanda, depois de quase cinco meses de cativeiro em Lisboa, por conta das complicações migratórias que se seguiram à decretação das medidas de prevenção e combate ao novo corona vírus em Março. Ao contrário do que se pode pensar, não gastei nenhum tusto. Ela trouxe a paparoca toda: funje de bacalhau grelhado com molho de tomate, mais os quiabos e o resto do capim, além dumas chopas acompanhadas de feijão de óleo de palma. Também houve cabrité, mas isso já não foi da competência dela. Nem a bebida.
Além dela e da minha pessoa, fizeram-se presentes os senhores Domingos das Neves, Paulo Miranda Jr., LMS Ferreira, Gabriel Veloso e António Frazão, que xinguilou, quando tentaram insinuar que ele entrara a pato. «Nunca! Na casa do Salas não posso ser considerado um penetra», barafustou. Tinha razão: em minha casa, este meu velho amigo de várias batidas não pode ser tido como pato, seja em que circunstância for. Entretanto, aconteceu algo engraçado: alguém a quem fiquei com medo de convidar por pensar que não ousaria vir, acabou é bravando «através» de não lhe ter dado o toque, como já era religioso. Mil perdões, dona Ana Moçambique. Não volta a acontecer. Juro!
Como nesses encontros, segundo o antigo oficial de inteligência Carlos Alberto, haverá sempre «agentes secretos» infiltrados, acho melhor revelar aqui de viva voz o que terei falado passível de ser catalogado, antes que os sabuladores inventem aí merdas à-toa. Disse assim: se o João Lourenço conseguir evitar que o novo corona vírus acabe por escangalhar o país, por mim, ele podia ficar presidente até quando quisesse, que não estarei nem aí. O Minguilai acredita que Angola sobreviverá sim, mas nada disse sobre a «vitaliciedade» presidencial de que falei. Falei ainda dos prémios que nunca tive e duma valente bebedeira de caipirinha que apanhei em Lisboa com o Vicente Pinto de Andrade, já não me lembro em que ano. Foi aí que alguém aproveitou para falar do Abel Chivukuvuku e da incompreensível cagunfa que ele está a causar ao MPLA, coisos e tal, apesar do avilo aí ter dito que não. Prajá está sim!
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Depois o Paulo Miranda, como estava lá em Moscovo quando se deu o «buum», na satelização nos levou a passear pelas conversas do Angosat, José Carvalho da Rocha, a quem nunca pedi nada apesar de ter sido meu colega de dedo e unha na cabunga, entrou o Manuel Homem, velho avilo do Riquinho, lembramos o antigo ministro do Interior, enfim, falamos desses gajos todos, até que descambamos no gatuno do São Vicente. Alguém disse que o dinheiro que ele roubou bate os três mil milhões de dólares. Porra, aí há gato. Ninguém movimenta este cumbu todo sem «cumplicidade» do Estado. Connection.
Espantei-me quando o Paulo Miranda pediu que lhe indicassem a casa de banho, já que na primeira batida ele foi até ao fim sem recorrer às boxes. Se calhar o gajo apanhou uma infecção urinária ou assim, ainda pensei cá comigo, mas, pronto, dixibe ngó, cada um é cada qual. Como tenho duas privadas, tratei de clarificar, sendo que uma tem problemas no autoclismo: «Se for só para mijar, podes usar a primeira, mas se for para diarrumbar, tem de ser a outra». Acabamos por dar umas risadas a bom rir e isso ficou diversão. Sempre que alguém pedisse para ir à casa de banho, tratava de sublinhar no gozo que não era para cagar, provocando mais uma sessão de gargalhadas.
Até que o António Frazão, entretanto chegado pela mão do Gabriel Veloso, se levanta e diz que precisava de ir à casa de banho. Surpreendendo a todos, sem quaisquer rebuços, proclama: «É mesmo para obrar!». E a malta toda: kiá-kiá-kiá. Mais propriamente pelo «exotismo» do termo que ele empregou do que pela caricatura que estávamos a fazer das idas ao banheiro em si. E lá o gajo foi obrar. Mas, dentro de mim lhe falei mal: «Esse gajo do Frazão é fodido. Depois de rodear a cidade toda, só lhe deu mesmo para vir cagar na minha casa?». É que na actual era a primeira vez que ele punha os pés, entrando assim logo a matar, o que não será de bom tom, segundo os intriguistas mais radicais. O Paulo Miranda disse que não consegue dar um descarrego em casa alheia. Eu não gosto, mas quando tem de ser, seja então o que Deus quiser.
Quando demos o balanço, já era noite. A Elisa foi a primeira a bazar. Disse que ia jantar com o namorado dela. Depois seguiram o Veloso, o Frazão e o Minguilai, que, tipo James Bond, nunca vai com quem vem, depois ainda tem lata para dizer que o bófia sou eu, coitado de mim.
O Paulo Miranda, que é meu vizinho da rua de trás, seria resgatado pela própria sócia-gerente lá de casa, que, sem descer do carro, tomou as «medidas deveras» por via do caçula. O último a esgalhar
foi o LMS Ferreira, não sem antes irmos dar uma espreitadela à «Placa dos Traiçoeiros» para bocejar a da porta. Cuiou bem mal o convívio. Espero bem que ninguém se tenha infectado. Pelo menos, não ouvi ninguém a «tucir», como esgalharia o Fernandinho do Pilele..
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