A HISTÓRIA DE ANGOLA UM DIA TERÁ DE SER REESCRITA- NEILL TEIXEIRA

 NUNCA VI TANTO DISPARATE JUNTO

Esta casa foi construída nos finais do anos do século XIX, pela família Gomes criadores de gado vacum.!

 Quando foi construída, ficava a cerca de 30 km do centro de Luanda, naquilo que era naquele tempo, Mato. Como era normal, e porque era no mato, e como acontece em muitas fazendas de Angola do tempo colonial, construía-se também uma pequena capela, que está lá. Uma vez por mês o padre deslocava-se ao mato para ali dar Missa naquela.

A história desta família Gomes. Começa nos finais do século XVIII, no Poço da Maianga, também na altura bem fora da Cidade de Luanda, no mato, uma vez que a cidade era apenas na parte baixa de Luanda junto da marginal. Não esqueçamos que o último leão que foi abatido em Luanda,  sucedeu na Cacimba do Kinaxixi, decorria o ano de 1948.  Esta família, muito pobre, estava instalada num casebre de lama e madeira, coberta com colmo e dedicava-se à criação de porcos, e vai abastecendo Luanda desta carne.  A medida que a cidade vai crescendo e com o passar do tempo,  também o negócio vai crescendo.

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 Quando o velho Gomes,  patriarca da família faleceu, são os 2 filhos que dão continuidade ao negócio até aos finais do século XIX. Nessa altura, já são os netos do velho patriarca, que  decidem, através de uma nova Lei saída nas colónias, pedir ao governador na altura, terras para além do Morro dos Desviados (nome original por ser onde os elefantes vinham beber água e com o aumento da agricultura, estes eram  desviados. Com  o passar do tempo deu  origem ao nome que chegou aos nossos dias (Veados). Adquirem as primeiras terras onde hoje está o Autódromo e fundam a empresa que acaba por ficar conhecida ( bastante)  pelo nome de Gomes & Irmão Ltd Comercio de Carnes e com o passar do tempo acabam por adquirir terras para o gado quase até à barra do kwanza onde criavam milhares de cabeças de gado.

É nessa altura nos finais do século XIX que constroem a casa e capela que existe no Morro da Cruz, sendo a casa de habitação da família até 1961. A partir daí deslocam-se para a rua Sousa Coutinho em Luanda. A Casa, com o passar do tempo passou a ser alugada esporadicamente.

Daquele sítio nunca saíram escravos para lado algum. Aliás é de todo impossível, devido às fortes correntes de enchente e vazante das marés da Baía do Mussulo, que chegam a atingir os 32 nós, cerca de 60 km. Naquele tempo e com a tecnologia de amarrações dos navios era impossível que corda alguma aguentasse tal força de maré.

Hoje aquela casa é apenas e só,  um símbolo de um tempo onde houve comercio de seres humanos com uma história de mentira, mas que não vale a pena perder tempo em desmentir! Eu já tentei desmentir no sítio e vi que era uma total perda de tempo.

 Ficam felizes assim!"

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