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1.° De Agosto em risco de descer de divisão por dívidas

Vicente Pinto de Andrade tem razão- Ana Maria Simões

A minha comunidade facebookiana é luso-angolana. Numa rápida leitura aos temas dos posts de um lado e de outro, percebo que as declarações de Vicente Pinto de Andrade, na Zimbo TV, onde passou a comentador habitual, estão em modo buzz colérico. Mas, e se VPA tiver certo?

Tenho a maior dificuldade em aceitar os seus argumentos para justificar a inviabilização do PRA-JA, que, a meu ver, se deve a duas coisas essenciais: i. a uma vontade política (e vontade político é sinónimo de MPLA) de não permitir mais ruído em próximas eleições com 'ondas amarelas' ou outras protagonizadas pelo agremiador e carismático Abel Epalanga Chivikuvuku; ii. devido à ingenuidade do mesmo, por acreditar (logo ele!) que em Angola se vive a almejada maturidade democrática das instituições, bem como, parece-nos agora, a alguma impreparação jurídica para lidar com a questão por parte da comissão instaladora do projecto político. Seja como for, o PRA-JA era um projecto morto à chegada, e Chivukuvuku foi, provavelmente, excessivamente obstinado ou, até, egocêntrico, e devia ter preparado planos B ou C. Ainda assim, tenho para mim que este erro político - o da inviabilização do PRA-JA - vai pagar-se caro (mas isto sou eu a deambular).

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Temos então que os partidos de oposição, para além da UNITA, são o caos em figura partidária. Na dúvida, veja-se o espectáculo miserável e deplorável da FNLA. Da incapacidade de um partido do contexto dos movimentos de libertação nacional em assumir o seu legado e o lugar que lhe cabia na nação independente. Lucas Ngonda devia ser condenado num qualquer tribunal de direito partidário por homicídio qualificado da FNLA.



Dito isto, Vicente Pinto de Andrade tem razão. Por isso mesmo, o passo a seguir, ou seja, o debate a fazer, é o da alternância de poder. É perceber se as instituições angolanas estão preparadas - tal como em outros países onde a bipolarização partidária é uma realidade de anos e anos - para dar o poder à UNITA.

Todos sabemos a resposta: não. Claro que não. O MPLA está há 45 anos no poder e assim vai continuar por mais 45 desmentido, em parte, a validade da tese de VPA, que, por agora, tem razão. E também porque a sua opinião vai ao encontro da falta de visão política do partido da situação, mas, especialmente, das forças mais ortodoxos da partido da situação, que temem até a sua própria sombra - a real e a projectada e ampliada pelos 'serviços' - no sentido de perceberem que a transição pode (e deve) ser feita, justamente, não fechando o espectro partidário, mas abrindo o espectro partidário.

E será uma questão de tempo. Esquecidos e arrumado certos líderes do passado, vão emergir novos líderes, mais jovens e mais bem preparados, a quem o 'eme' não conseguirá distribuir lugares ou cargos, que vão propor outras soluções de regime. E então aí VPA deixará de ter razão. Mas só aí.

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