Serra Van-Dúnem era a escolha de JES, para lhe substituir na direção do partido e na presidência da república

 SERRA VAN-DÚNEM FOI UMA APOSTA SÉRIA NAS CONTAS DO EX-PRESIDENTE

São mais ou menos sabidas as voltas e reviravoltas dadas pela sucessão de José Eduardo dos Santos na Presidência de Angola até à surpreendente escolha de João Lourenço em finais de 2016. Que tenham estado entre as opões de JES nomes como os de Pitra Neto e Manuel Vicente também não constitui segredo para ninguém. Mas quantos saberão que além das figuras citadas, JES teve os olhos seriamente postos em alguém por quem a opinião pública nunca prestou atenção, pelo menos em matéria de sucessão?

Trata-se de Osvaldo Serra Van-Dúnem. Sim, este mesmo, o dirigente do MPLA e ministro do Interior que faleceu em Fevereiro de 2006. Depois de se ter confrontado com a “recusa” de Pitra Neto – que para o efeito até chegara a ser guindado ao cargo de vice-presidente do MPLA –, José Eduardo dos Santos virou as baterias para Serra Van-Dúnem. Era com ele que naquela altura estaria a fazer as contas para a sua sucessão, se a morte não se tivesse atravessado pelo caminho, atrapalhando todo o processo.

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Um feixe de luz foi aquele que o Semanário Angolense deitou sobre esse intrincado assunto em edição de Maio/Junho de 2006, dedicando ao mesmo um extenso levantamento na sequência de vários meses de investigação junto de fontes devidamente abalizadas.
Eram tempos em que havia neste país um jornal que não se limitava a noticiar obviedades. Mas um  jornal que descia ao subterrâneo dos assuntos para trazer ao público pormenores ocultos, inusitados e surpreendentes.

Releia parte desse dossier e, se não sabia, fique a saber como depois da morte do “Parente Parente” – como nalguns círculos também era conhecido Serra Van-Dúnem –,  Manuel Vicente passou então a fazer parte das contas da sucessão de JES. E saiba também como o jornal já projectava as contrariedades pelas quais passaria a opção pelo antigo presidente da Sonangol, a quem o domínio do petróleo, só por si, não constituiu credencial suficientemente forte para guindá-lo ao Palácio da Cidade Alta. MV tinha o beneplácito de JES -- que chegou a fazer dele vice-Presidente da República -- mas faltou-lhe lastro na direcção do MPLA.

Enfim, foi nesse dossier que o Semanário Angolense reforçaria uma revelação já feita em edição anterior naquele mesmo ano: Manuel Vicente não teria entrado na Sonangol se essa decisão dependesse exclusivamente da célula do MPLA na empresa petrolífera. Efectivamente, quando lhes foi pedido um parecer a propósito, os membros do MPLA que então dirigiam a célula trancaram literalmente as portas, alegando que Manuel Vicente tinha “pouca chance.

Morte de Serra Van-Dúnem teria complicado as contas da sucessão presidencial.

Severino Carlos

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