Fontes da Rádio Despertar indicam que desde 2019, a emissora funciona com um emissor alugado e que pode ser recebido a qualquer momento.
Os ouvintes da Rádio Despertar (RD), viram-se nesta quarta-feira, 12, privados do primeiro jornal do dia, emitido habitualmente às 7h, devido a ausência da equipa matinal que não conseguiu estar a tempo na emissora em função da falta de transporte. O cenário parece rotineiro na estação radiofónica tutelada pela UNITA que não dispõe sequer, de uma única viatura para apoio dos jornalistas, obrigando-os a se socorrerem dos táxis e “moto-taxis”, vulgos “Kupapatas” para chegarem ao local do trabalho.
O jornalista, António Festos, único profissional da emissora distinguido com o prémio PALANCA NEGRA GIGANTE, usou a sua página oficial da rede social “Facebook”para desabafar em relação aos constrangimentos que enfrenta diariamente na utilização dos transportes públicos para chegar ao local de trabalho: “É frustrante acordar cedo com vontade de trabalhar e não poder sair da paragem por falta de táxi”, escreveu o jornalista, cujas ausências tem sido marcante no programa informativo “Postal da manhã” do qual é a voz principal.
A ausência do jornalista, reduz a qualidade do espaço informativo na disputa de audiência com os seus concorrentes. Insatisfeitos com a baixa de qualidade na estação emissora, os ouvintes, serviram-se do “post” de Festos no Facebook para duramente criticar a entidade que dirige a rádio pela incapacidade de criar as mínimas condições de funcionamento da sua própria estação emissora.
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Os profissionais da Rádio Despertar
Os profissionais da RD, lamentam o estado em que está votada a rádio e, sem receios, manifestam o descontentamento nos corredores e outros locais: “A rádio só existe graças os nossos próprios esforços. O patrão, quase não liga. Não temos viaturas para reportagens e, como se não bastasse, a direção não garante dinheiro para o táxi para, pelo menos, estarmos presentes nas actividades em que somos convidados. É uma grande tristeza” contam com desespero.
As dificuldades com que a emissora se debate vão além da falta de transporte. A rádio fundada em 2006, funciona desde junho de 2019 com um Emissor de 1000 wts, alugado na empresa de altos funcionários do instituto regulador das telecomunicações, INACOM.
Sabe-se que, mensalmente é disponibilizado 500 mil kwanzas para o pagamento do aluguer do emissor, mas o montante nunca foi provado em relatório de contas por nenhum dos elementos do Conselho de Administração da Rádio Despertar (CARD), situação que faz aumentar as desconfianças sobre a existência de “negócio escuro”.
A quando do lançamento da pedra para construção do novo edifício da rádio, no mesmo local em que se encontram as actuais instalações, o eng° Chamissa que mantém o controlo da torre de emissão, alertou o Presidente da UNITA, ACJ sobre o estado obsoleto dos equipamentos que garantem a emissão da rádio com risco de um dia deixar de funcionar. Considerou também arriscado a sustentação da rádio por um Emissor alugado que pode ser retirado pelo dono a qualquer momento.
Na mesma senda, os profissionais da estação emissora, que passam por vários problemas, sentem-se desiludidos com relatos de esquemas de corrupção na rádio premiada pelo órgão detentor da emissora que se revela incapaz de agir contra os presumíveis culpados pela sobrefacturação no aluguer do Emissor.
Nascida dos acordos de Lusaka, a RD, uma versão comercial da extinta VORGAN, é dirigida há 8 anos por Emanuel Malaquias, coadjuvado por, Queirós Chiluvia.
Teve como seu primeiro Director-Geral, o Jornalista Alexandre Neto Solombe. Clarice Kaputo e Franco Marcolino Nhany são outros dois nomes que dirigiram a rádio.
O Decreto tentou contactar Queirós Chiluvia mas não tivemos qualquer resposta.
O Decreto
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