Segundo José Baptista, tem sido intimidado por elementos dos serviços de investigação criminal, que incansavelmente o notificam para responder processos onde o queixoso é o advogado que se apropriou dos bens da família, e isso tudo é artimanha para o intimidar a não seguir o processo que se encontra nos órgãos de justiça. “Já fui notificado mais de trinta vezes, e sempre o queixoso é o que esta com os nossos carros, e ele alega que o acusei de estar a namorar com a mulher do meu falecido irmão” disse a fonte.
“O advogado Claudino Pereira e a sua constituinte Paulina Ganga Quilunda, devem parar de me perseguir e deixar de ameaçar de morte a minha cunhada que se encontra na África do Sul, ele (advogado), tem dito que se ela vir para Angola voltará morta” frisou o irmão do malogrado.
De acordo com o irmão do malogrado, antes da morte de Guerra Baptista, os irmãos constituíram duas empresas onde os sócios “irmãos” tinham participações iguais e as receitas adquiridas eram repartidas, e entre os bens havia uma Clínica, várias viaturas e outros bens que não me lembro, disse José.
“Os carros foram parar nas mãos do advogado quando comecei a ser notificado pelo SIC, e até hoje tenho mais de trinta e nove notificações do mesmo assunto, o que nunca vi em nenhuma parte do mundo” lamentou a fonte do Hora H.
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OS FACTOS
O meu irmão tinha duas mulheres, uma russa que é a casada e a segunda a angolana, e quando morreu, o Tribunal achou que a esposa angolana, tinha que ser a fiel depositaria até que a outra chegasse para repartirem a herança, e o que mais espantou a família é que as viaturas encontramos na casa de Claudino Pereira, advogado da segunda mulher, disse José Guerra ao Hora H.
Depois de resolvermos levar o assunto as autoridades, aí começaram as voltas, quando íamos para a área de violência doméstica nos informavam que o assunto está nos Serviços de Investigação Criminal (SIC) e lá nos informavam que o mesmo processo já foi transferido para o Tribunal Dona Ana Joaquina, assim vivemos estes quatro anos de muito sofrimento.
Nas acusações que sempre recebi do SIC, o advogado acusa-me de estar a lhe difamar que ele tem namorado com a minha cunhada, isso não condiz com a verdade porque eu não me importa com quem ele anda, frisou o interlocutor.
Nós exigimos que Claudino Pereira, devolva os carros onde ele tirou, porque para ele receber, compulsivamente as viaturas, se fez acompanhar com elementos do SIC e prenderam o rapaz que controlava os meios para forçarem a retirada dos carros, disse José Baptista que alega não parar sem que a herança da família seja entregue aos seus verdadeiros donos.
O advogado Claudino Pereira, tem dito que não vai devolver as viaturas e que podemos nos queixar onde quisermos que em nada vai resultar, acrescentou Baptista ao Hora H.
Não conseguimos compreender como é que um advogado que foi contratado para mitigar um assunto, acaba por ficar na condição de herdeiro? Questionou a vítima.
José Baptista, acrescentou que para as chaves das viaturas chegarem as mãos de Claudino Pereira, foi porque uma das funcionárias da 9º Secção do Tribunal Provincial de Luanda, Dona Ana Joaquina, havia ligado para levar as chaves, alegando que estava a fazer uso “passeata” com as viaturas, enquanto que não. “No dia seguinte, quando cheguei no Tribunal para entregar as chaves, pedi que me entregassem uma nota de que eu estava a deixar os meios, a moça disse-me que não era necessário porque no dia do julgamento será entregue como provas.
Segundo José Baptista, o advogado está com as viaturas há mais de um ano e entre elas esta uma Nissan Patrol vulgo “Obama” uma Ambulância e uma Toyota Land-cruiser, portanto nós já estamos agastados com esta situação.
“Quando descobrimos que os carros estavam com o advogado, fomos a casa dele e gerou-se uma confusão, que obrigou até a mulher dele a intervir na discussão e a confusão só cessou com a presença da Polícia Nacional” disse a fonte.
Queremos que as instituições de direito nos ajudem a resolver este problema, eu sou angolano como qualquer um neste país. O presidente da República já disse nos seus discursos que “ninguém é tão fraco que a lei não possa proteger e ninguém é tão forte que não seja punido” disse José Baptista ao Hora H.
“Quando contactamos as instituições de direito a resposta é sempre amanhã, amanhã, outros dizem que o processo está a seguir trâmites legais, até a primeira mulher de nacionalidade russa que é a casada, tem estado a dizer que nós estamos do lado da segunda mulher e repartimos os bens, enquanto que as coisas estão paradas desde dois mil e dezasseis”, afirmou José Baptista ao Jornal Hora H.
Este órgão de Comunicação Social, contactou a constituinte Paulina Ganga Quilunda, que na ocasião disse que “não tenho nenhuma informação a dar a senhora, têm que falar com o meu advogado”.
O Hora H, contactou na última quinta-feira, 13, o advogado Claudino Pereira que mostrou-se indisponível “Estou a conduzir e não vou poder falar agora e não sei a hora que vou parar porque estou a resolver uma situação”.
Nesta sexta-feira, 14, voltamos a contactar por várias vezes o advogado Claudino Pereira, mas sem sucesso.
JORNAL HORA H
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