Li, com alguma surpresa, no Novo Jornal as declarações do porta-voz da PGR que ilibam PELÉ, a antiga estrela do futebol brasileiro e mundial, de qualquer responsabilidade cível na burla do BEM MORAR em que vários angolanos foram habilmente enganados e perderam milhões de dólares norte-americanos.
Na óptica do funcionário da PGR, Pelé não tinha nada a ver com o assunto já que dera apenas o rosto no sentido de fazer publicidade ao projecto habitacional. Mentira. Este texto que publiquei em Julho de 2018 traz à superfície o envolvimento do referido futebolista brasileiro, assim como de Aguinaldo Jaime, actual PCA da UNITEL.
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PELÉ, AGUINALDO E O BEM MORAR
“[Pelé] Fico feliz por estar a investir em Angola. Deus sempre me coloca em equipas vencedoras”, disse, referindo-se aos seus parceiros de negócios que o acompanharam nessa apresentação em Angola, tecendo igualmente elogios ao próprio país, que elogiou pelos progressos feitos após o fim da guerra em 2002.
Aguinaldo Jaime, na altura responsável da Agência Nacional de Investimento Privado (ANIP) e que foi presidente [governador] do Banco Nacional de Angola, sublinhou no decorrer desse encontro entre Pelé e José Eduardo dos Santos que os investimentos de Pelé em Angola são «um sinal» enviado ao mundo «muito forte» de que o país «recuperou das cinzas do passado e da guerra».
«Quando o rei Pelé vem investir no país está-se efectivamente a fazer a promoção da marca Angola em todo o mundo», relevou Aguinaldo Jaime. Afinal, a golpada viria seguir e manchou, de forma inapelável, a reputação do «astro» que …meteu um golo na própria baliza. Resta acrescentar que Aguinaldo Jaime era próximo da Build Angola e foi apanhado por uma investigação do Senado dos Estados Unidos na tentativa de desviar US$ 50 milhões do governo angolano para uma conta particular num banco americano… Revista «ISTO É», 04/012.
Ilidio Manuel
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