Apesar de o autocarro de distribuição pertencer ao Governo provincial, os enfermeiros do Centro de Saúde da Centralidade da Quilemba são levados a contribuir mensalmente com quatro mil Kwanzas para a compra de combustível. A revelação foi-nos feita pelo bastonário da Ordem dos Enfermeiros de Angola, Paulo Luvualo
O bastonário da Ordem dos Enfermeiros de Angola, Paulo Luvualu, pronunciou-se sobre a matéria publicada na edição n°1912, de 28 de Julho, do jornal OPAÍS, sobre uma denúncia feita pelos funcionários da referida unidade sanitária que dava conta de que os enfermeiros são obrigados a fazer serviço de limpeza no Centro de Saúde da Centralidade da Quilemba, no Lubango.
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Paulo Luvualu disse que lamenta o facto de os enfermeiros serem obrigados, pelas circunstâncias, a realizar trabalhos de limpeza, quando a sua missão específica é cuidar das pessoas acamadas.
O responsável aproveitou a ocasião para dizer também que os enfermeiros do Centro de Saúde da Quilemba são igualmente obrigados a pagar mensalmente 4 mil Kwanzas para serem transportados num autocarro que, por sinal, foi entregue pelo Governo.
“Apesar de existirem habitações na centralidade da Quilemba, todos os enfermeiros vivem na cidade do Lubango e têm que contribuir de dois a quatro mil Kwanzas para o combustível de um autocarro dado pelo Governo para apoiar os trabalhadores”, avançou.
Sobre a prestação de serviço de limpeza, o bastonário informou ainda que já contactou a direcção do Centro de Saúde da Quilemba, tendo recebido informações segundo as quais todos os funcionários daquela unidade hospitalar devem sentir-se na obrigação de fazer trabalhos de limpeza.
Numa entrevista concedida a este jornal, a directora municipal da Saúde, Judith Santos, afirmou que o assunto é do domínio das autoridades sanitárias da província e, por outra, há falta de pessoal de limpeza, que decorre da ausência de concursos de admissão para este nível.
OPAIS
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