Cuanza Sul activista interrogado por criticar Job Capapinha

O activista cívico Adilson Numbi Dias foi submetido a um interrogatório, no dia 10 deste mês, durante 50 minutos pelo investigador do Serviço de Investigação Criminal (SIC), junto a Procuradoria Geral da República do Município da Cela, no Cuanza Sul, António Quitota, por criticar o governador daquela província, Job Capapinha.

No momento do enterrogatório o investigador Quitota, numa espécie de ameaça garantiu ao activista que o processo contra o activista só poderá ser arquivado caso Adilson Numbi Dias pare de agitar as cidadãos naquela província: “quando tu estás em Luanda aqui não há nada disso, só mesmo quando você vem para aqui é que há tanta confusão assim. Nós queremos arquivar o seu processo mas para tal é preciso que pares com estas manifestações” conta fonte próxima do SIC.

Segundo Adilson Numbi Dias, o investigador António Quitota prometeu o notificar tão logo o procurador oriente a continuidade do processo número 230/020.

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Recentemente Adilson Numbi Dias acusou o Governador da Província do Cuanza Sul, Job Capapinha de orientar agentes da Polícia Nacional elementos a paisana à perseguirem os jovens que tentam criticar as acções governativas naquela província.

Após a detenção de dois activistas, Jigas de Nascimento, e Katumbila Wassala, por tentarem participar de uma vigília em solidariedade a família do malogrado Rodrigues Eduardo antigo inspetor das finanças assassinado em Luanda, vários outros activistas estão a ser perseguidos naquela província.

Rodrigues Eduardo, de 35 anos é o inspector-geral das Finanças do Cuanza-Sul, que devia prestar declarações à Procuradoria-Geral da República (PGR) na quarta-feira, 03, no âmbito do processo-crime que envolve o governador daquela província, Job Capapinha, foi assassinado no Domingo, 31 de Maio, no município do Cazenga, em Luanda, com um tiro à queima-roupa.

A família de Rodrigues Eduardo clama por justiça, por isso, os amigos e alguns activistas decidiram organizar uma vigília em solidariedade aos parentes do malogrado. Na mesma noite, a tentativa de vigília foi dispersada e dois activistas foram detidos quando tentavam fugir da acção policial.

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