O consagrado músico angolano Waldemar Bastos faleceu esta segunda-feira, em Portugal, segundo confirmaram a Rádio MFM, fontes familiares.
As reações não se fizeram esperar como o fez o deputado Vicente Pinto de Andrade ao declarar que “o meu querido primo Valdemar bastos foi levado pela Covid-19.
Vicente considera o consagrado músico como “uma grande referência na minha família. um homem íntegro, cuja voz e postura marcaram a história recente do nosso país. repousa em paz, Valdemar”.
O seu colega de profissão Bonga citado pela Rádio MFM, confirmou que Bastos andava hospitalizado a tratar-se de um câncer.
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Radicado em Portugal, Waldemar Bastos foi um músico e compositor que viveu durante muitos anos no estrangeiro por alegada perseguição política do regime do MPLA. Em 2015, foi uma das vozes que se levantou protestando contra a prisão e detenção de 15 jovens acusados pelo então PGR, general João Maria de Sousa de pretender dar um golpe de Estado a José Eduardo dos Santos.
Numa entrevista a DW, em 2018, o músico decidiu desabafar em forma de denúncia contra atos que classificou como atropelos à liberdade artística. Numa nota colocada na sua página no Facebook, lamentava, por exemplo, o facto de muitas vezes lhe fecharem as portas para fazer espetáculos em Angola por não ser militante do partido no poder.
“Foram poucas ou nenhumas as vezes em que me deixaram cantar no meu país”, referiu o músico, natural de Mbanza Congo.
Waldemar dos Santos Alonso de Almeida Bastos nasceu em 1954 na cidade de Mbanza Congo, município do Zaire, de onde saiu aos 28 anos de idade com destino a Portugal para escapar à guerra civil.
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