CORONEL TCHAM NA MAN, UMA VIDA POR DETRÁS DE ‘GOLPES DE ESTADO’ – IN MEMÓRIA- JOSÉ GAMA

Recentemente falecido em Dacar, o nome do coronel Tcham Na Man,  voltou a  constar de  uma  lista, divulgada a dias por Londres,   contendo nomes de oficiais das forças armadas da Guiné-Bissau sancionados pela União Europeia, por alegada participação  no ‘golpe de estado’ de Abril de 2012.  “NaMan”, como eram também conhecido foi o médico do Estado Maior que   ganhou   “respeito” pela fama  de ter  supostamente esquartejado o Presidente “Nino” Vieira, em retaliação à morte do general Tagme Na Waie de quem era próximo.

Contava 67 primaveras. Junto  Tagme Na Waie e outros como o contra almirante Bubu Na Tchutu, também sobreviveu as sobreviveu às purgas de “Nino” Vieira no exército guineense em meados da década de 80. Enquanto que o seu amigo  Na Waie foi sujeito a tortura com choques elétricos  nos testículos, o coronel Tcham Na Man foi submetido a selvajarias fraturando um dos braços. Diz-se que os homens de “Nino” usaram  uma catana para o machucar. Era a década da chamada tentativa de Golpe de Estado no caso 17 de Outubro de 1986. Mas também a década  em que esteve  de passagem pela extinta União Soviética, onde cursou medicina.

Diz-se que “NaMan” nunca  perdoou, “Nino” Vieira  pelas barbaridades a que passou. O seu amigo,   Tagme Na Waie, idem, e em vida,  repetia  que o seu destino e de “Nino” estavam ligados e que se ele morresse, “Nino” também morreria.  Na madrugada de 2 de Março de 2009, o então major  Tcham Na Man,  se juntou   a uma  brigada de para-comandos do batalhão de Mansoa,  que invadiu  a tiros a residência de “Nino” Vieira, em retaliação ao sucedido a Tagme Na Waie, que no dia anterior morreu numa explosão provocada por uma bomba colocada no seu gabinete.

O médico legista que cuidou do corpo do falecido presidente declarou na altura que “Nino Vieira foi morto com vários tiros no tórax e na face e o seu corpo teve  marcas de golpes violentos. Ele foi brutalmente espancado antes de ser atingido por inúmeras balas".

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O então major  “NaMan” foi apontado  foi apontado como o elemento que esquartejou o Presidente com uma catana, depois de ter sido baleado. Terá feito ao cadáver de “Nino”, o que lhe foi feito no passado.

O  seu grupo  nunca foi  responsabilizados pelo assassinato de “Nino” Vieira. Pelo contrario, foi promovido a coronel e como médico que era, foi  nomeado director do hospital militar das forças armadas da Guiné-Bissau. Tornou-se, figura central e respeitada no seio dos militares. Dois meses depois da morte do Presidente “Nino” Vieira, disponibilizou a sua residência para mediação de um contacto entre os militares e o então candidato presidencial, Malan Bacai Sanhá. Em Março de 2010, foi identificado como um dos responsáveis pelo regresso do então comandante da marinha, Bubo Na Tchuto, até então exilado na Gâmbia.

Em Abril de 2012, integrou, um autodenominado "Comando Militar" que tomou o poder, destituindo o presidente interino, Raimundo Pereira, e o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior. Por esta implicância, as autoridades europeias  colocaram o seu nome numa lista de sanções, ao lado de outros oficiais guineenses que participaram neste “Golpe”. Nos documentos das sanções descrevem-no como “um elemento activo  neste  acto de subversão, sob as ordens de António Injai”

No inicio do ano,  a sua saúde do coronel Tcham Na Man  já não oferecia esperança. As descontroladas  diabetes estavam a devora-lo, provocando insuficiência renal. Ultimamente já não caminhava, até ser evacuado para Dakar, Senegal, acabando por falecer.

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