A população afirma que não sente os benefícios dos meios confiscados pelo Estado, assim como de todo activo financeiro recuperado no âmbito da Lei de repatriamento coercivo de capitais e perda alargada de bens. A referida Lei em vigor desde dezembro de 2019, reserva o direito de sigilo do Estado aos activos recuperados, motivo que suscita desconfianças de partidos políticos na oposição que reiteradas vezes questionam a quantia até ao momento recuperada e o destino dado.
No mesmo diapasão alinham os cidadãos atentos que, defendem clareza e rigor na divulgação dos dados como forma de evitar desvios para contas privadas, dos valores já recuperados. De acordo com o sentimento manifestado pelos cidadãos, a divulgação periódica, pelas entidades, do que vem sendo restituído ao Estado, vai garantir transparência a sociedade e credibilizar as ações das autoridades judiciais.
O cidadão, José Alfredo, vendedor ambulante, residente no município de Viana, por exemplo, diz que, num primeiro momento ficou impressionado com as notícias divulgadas nos órgãos de comunicação social sobre os bens recuperados pelo Estado, mas rapidamente desiludiu-se por não notar nenhum reflexo positivo na sua vida. " O número de desempregados ainda é muito elevado, aliás, eu mesmo não tenho trabalho e seria bom que, o dinheiro recuperado pelo Estado fosse usado para criar empresas que vão dar emprego aos jovens" disse.
Mário Afonso, estudante universitário, considera importante o envolvimento de membros da sociedade civil na gestão dos bens recuperados, visando um melhor encaminhamento de tudo quanto foi resgatado pelo Estado.
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" Só alguém que vive na Samba, Paraíso, Belo Monte (Cacuaco), Mbondo Chapéu (Belas), por exemplo, sabe as reais necessidades dessas localidades e os bens devolvidos, se bem direcionados, vão ajudar a implementar projectos sociais viáveis nestas áreas" defendeu o estudante do 4°ano do curso de direito.
A cidadã, Josefa de Lourdes, é empregada doméstica, mas sonha criar o seu próprio negócio para garantir a sua autonomia financeira. Ela entende que, o seu sonho só será concretizado mediante crédito bancário " o país precisa ter dinheiro para começar dar crédito como fazia antes" observou a cidadã que, valoriza a devolução ao Estado de todos meios públicos em posse de privados.
Incursões feitas pelo serviço de recuperação de activos da PGR, revelam, a apreensão, no país e no estrangeiro de valores monetários, não quantificados assim como bens imóveis, de ex-governantes e figurada bastantes influentes na antiga governação de José Eduardo dos Santos.
A Lei de repatriamento de capitais e perda alargada de bens foi aprovada na Assembleia Nacional em junho de 2019 com seis meses de período de graça, tendo a fase coerciva iniciada somente em dezembro do mesmo ano.
Destacadas figuras como Isabel dos Santos, o marido Síndica Dokolo, os generais Higino Carneiro, Hélder Vieira Dias "Kopelipa", Leopoldino do Nascimento "Dino" e o antigo Vice-presidente da república, Manuel Vicente, viram recentemente alguns dos seus bens confiscados pelo Estado por terem sido constituídos com fundos públicos.
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