Carlos Alberto em maus lençóis na ERCA: Direção da entidade reguladora da comunicação suspende o jornalista por ser quadro dos serviços de inteligência

Na reunião de hoje, quarta, 19, o presidente da Entidade Reguladora da Comunicação Social Angolana (ERCA) incluiu um ponto na agenda para questionar a razão de o Conselheiro Carlos Alberto, tendo sido Oficial de Inteligência, pertencer ao Conselho Directivo da ERCA, quando sabe que foi a UNITA/Adalberto Costa Júnior que me convidou para tal função.

"Há na ERCA Conselheiros que foram da DISA e da BRINDE"

Adelino Marques de Almeida pretendia que eu justificasse o meu passado no SINFO/SINSE, em plena reunião do Conselho Directivo, por eu ter assumido publicamente que fui de facto dos Serviços Secretos de Angola num passado recente, o que, segundo a sua perspectiva, é uma situação de incompatibilidade de acordo com a Lei da ERCA.

A Lei da ERCA não questiona o passado de nenhum Conselheiro, salvo se se trata de um criminoso. Se formos a questionar o passado de cada Conselheiro da ERCA, vamos perceber que Carlos Alberto não é o único que pertenceu aos Serviços Secretos de Angola. Há na ERCA Conselheiros que foram da DISA (Direcção de Informação e Segurança de Angola) e outros que foram (ou ainda são) da BRINDE (Brigada Nacional de Defesa), serviços secretos da UNITA. Por que não são questionados também em reunião do Conselho Directivo?

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Quem tem medo da presença de um ex-Oficial de Inteligência na ERCA?

O que estão a esconder?

Há tantos ex-Oficiais de Inteligência que estão em posições de destaque nos vários ramos do Estado. Por que ninguém questiona isso?

Nunca pensei que por ter servido a minha pátria, com VERTICALIDADE, pudesse significar expulsão/suspensão em todos os empregos por onde passo.

Quem tem medo do Carlos Alberto e porquê?

Já me tiraram de todas as redacções de Angola (RNA, TPA e LAC), nem na ERCA posso ficar por causa do meu passado?

Cometi algum crime?

Matei alguém?

Estou à espera que o presidente da ERCA faça um despacho oficial da minha suspensão das reuniões da ERCA.

Nada acontece por acaso.

Nós é que somos distraídos.