Em causa está o espaço para a agricultura, que o então Director Nacional dos Serviços Prisionais, posteriormente Ministro do Interior, Ângelo de Barro Veiga Tavares, cedeu aos funcionários da cadeia do Bentiaba em 1999 numa Assembleia de Trabalhadores, onde orientou o ex-Director Manuel Cassule Francisco (em memória) para executar a "ordem de mando" (linguagem castrense).
Depois de terem passado 7 Directores da cadeia do Bentiaba, o actual Director, cumulativamente Director Provincial dos Serviços Prisionais do Namibe decidiu expulsar os agricultores (funcionários reformados e no activo, viúvas de ex-funcionários e antigos presos) das suas fazendas, metendo no terreno guardas que impedem os agricultores colher a última produção para sustentar as suas famílias.
Ângelo de Barro Veiga Tavares baixou essa orientação, porque naltura os funcionários dos Serviços Prisionais sofriam bastante por causa dos salários baixos, que ainda por cima atrasavam ser pagos. Assim sendo, mandou distribuir as terras dos Serviços Prisionais aos funcionários para que cada um em função da sua capacidade (força) podesse cultivar e sustentar a sua família e não só.
Os funcionários (uns já reformados, outros no activo e alguns antigos presos) foram cedidos de terras, naltura era uma mata, os mesmos desmataram-nas, fizeram investimentos em vultadas somas de dinheiros.
Diante da injustiça protagonizada pelo novo Director da cadeia do Bentiaba, os agricultores solicitaram encontro com o Deputado do Povo Sampaio Mucanda e prontamente este, deslocou-se ao Bentiaba, que dista a mais de 130 Km da cidade de Moçâmedes, para ouvir o clamor dos agricultores. Apois o encontro Sampaio Mucanda solicitou audiência com o novo Director.
Para o espanto do Deputado Mucanda, a resposta favorável ao invés de recair a ele, foi entregue ao Gabinete Local da Assembleia Nacional, incluindo no encontro os seus colegas Deputados do MPLA. A princípio parecia estranho, pois a iniciativa foi singular, porém o parlamentar julgou ser pacífico, visto que tanto ele como os outros são representantes do povo.
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Posto no Bentiaba, Sampaio Mucanda, descobriu objectivos que os seus colegas pretendiam atingir em coordenação com Delegado Provincial do MININT e com o Director da cadeia do Bentiaba ao serem inclusos (reboque) na sua agenda parlamentar:
1. A informação sobre o encontro do Mucanda com os agricultores divulgada nas redes sociais causou "xinguilamento" ao MININT, à estrutura governamental e partidária a nível local e não só, e era necessário contornar a situação usando os meus colegas para usurpar a agenda do Mucanda, deturpá-la por completo através da Comunicação Social e atacar verbalmente o Mucanda durante o encontro, e não permitir a Comunicação Social entrevistá-lo para serem divulgadas apenas os pronunciamentos do Delegado Provincial do MININT e do deputado do MPLA Zé Maria.
2. Estrategicamente excluiram do encontro os agricultores, vítimas da decisão do novo Director da cadeia do Bentiaba e do Delegado Provincial do MININT. No encontro Mucanda perguntou a razão da exclusão dos agricultores do encontro, porém o Delegado Provincial do MININT e os Deputados MPLA responderam em coro que era normal os mesmos não estarem presentes.
3. No fim do encontro o Delegado Provincial do MININT e o deputado do MPLA Zé Maria concederam entrevista à imprensa "barrando" o Mucanda. Durante a entrevista o Delegado Provincial do MININT disse que o problema dos agricultores está resolvido e os mesmos já receberam novos espaços para a lavoura, acrescentando que todos deputados saíram do encontro muito satisfeitos, sim
os deputados do MPLA sairam satisfeitos, porque cumpriram com agenda deles, porém Sampaio Mucanda não. O pronunciamento do deputado Zé Maria foi no mesmo diapasão do Delegado Provincial do MININT e enalteceu a decisão do Director da cadeia do Bentiaba e até durante o encontro pediu ao Delegado para punir os agricultores (funcionários) que se queixaram ao Deputado Sampaio Mucanda.
No dia seguinte do encontro do Bentiaba, Sampaio Mucanda, voltou a encontrar-se com os agricultores para apurar a veracidade das informações passadas pelo Delegado Provincial do MININT e pelo Director da cadeia do Bentiaba, porém estes informaram ao parlamentar que não são verdadeiras, pois até não têm acesso às suas fazendas para tirar a última produção, não receberam novo espaço, a Direcção da cadeia do Bentiaba continua a vender toneladas de cachos de bananas dos agricultores na praça dos Eucaliptos na cidade Moçâmedes transportadas por uma carrinha de marca CANTER.
De lembrar que até a este momento há famílias que passam a fome, padecem por causa da insensibilidade das autoridades governamentais que tomam decisões implacáveis sem medir as consequências, pois o simples factos do espaço ser dos Serviços Prisionais, não dá direito ao tratamento degradante aos agricultores e apossar-se dos produtos. São mais de 30 famílias nesta condição.
O Deputado do Povo convidou alguns agricultores na Conferência de Imprensa onde os mesmos tiveram oportunidade de esclarecerem a opinião sobre o que se está a se passar realmente. Os agricultores ficaram consternados, quando ouviram pela Rádio Namibe os pronunciamentos, que não condizem com a realidade, do Delegado Provincial do MININT e do deputado Zé Maria.
Não havendo sensibilidade nem vontade da parte da Delegação Provincial do MININT e dos deputados do MPLA para a resolução do problema dos agricultores, compete ao Governador Provincial Archer Mangueira, ao Ministro do Interior e a justiça intervirem no caso, pois estão em riscos vindas humanas, que dependem da actividade agrícola.
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