Agosto de 1967, cidade de Luanda. A Dona Sara Gonçalves Faustino, 31 anos, professora de línguas, descrita como senhora culta e casada, usa uma saia curtinha nas ruas da cidade. Um zeloso guarda, por considerar que a mini-saia está a tumultuar a ordem pública prende-a e a senhora passa uma noite no chilindró .
Levada ao juíz, que pareceu ser uma "pessoa bem divertida"* e este depois de ter analisado a situação, : "levante-se e dê uma voltinha", diz peremptório :
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"Mini-saia não é crime. A haver crime, seria por crime de arruído previsto no artigo 185 do Código Penal Português, mas este crime foi praticado pela multidão. O guarda que a prendeu tentou salvaguardar o sossego público e só por isso é que não lhe levanto um processo por prisão ilegal e não o mando para o Comando da Região Militar de Angola" , continuou o magistrado .
" Nestes termos absolvo-a e mando-a em paz"
A cena passou-se no Tribunal de pequenos delitos, que funcionava na Polícia Judiciária . A ré era Sara Gonçalves Faustino e o seu hipotético crime : andar de mini-saia, o que ocasionou arrastar atrás de si uma multidão de transeuntes .
O feito inédito de D. Sara Faustino mereceu reportagem do jornalista Jaime Saint Maurice, fotos de Eduardo Baião, na revista Noticias de Agosto de 1967.
Nestes 53 anos de mini-saia em Angola, gostaria que este momento de coragem ficasse registado.ara Faustino foi uma heroína do seu tempo.
Pessoa bem divertida = Gajo porreiro.
Salambende Mucari
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