As instituições do ensino superior privado vão dispensar, nas próximas semanas, 27 mil trabalhadores argumentando com a indefinição sobre o reinício das aulas que foram suspensas desde Março por causa da pandemia covid-19.
Universidades privadas vão dispensar 27 mil colaboradores
Numa reunião, ocorrida hoje, os membros Associação das Instituições do Ensino Superior Privadas de Angola (Aiespa) decidiram suspender os contratos com os colaboradores até que as aulas sejam retomadas. Em declarações ao VE, o porta-voz da Associação, Laurindo Viagem, declarou que “não tinham outra volta a dar” porque o último decreto “fechou as portas” e que algumas universidades começaram a suspensão dos contratos no fim de Junho e outras vão tomar a mesma decisão nas próximas semanas. “Todas as instituições que pertencem a Aiespa estão de acordo que é a única saída que temos. Para sobrevivência das próprias instituições. De outra forma, contraímos dividas com os colaboradores. Se temos as instituições abertas e não podemos pagar salários o que fazemos com eles? As instituições acham que é preferível fazer suspensão de contratos e quando se normalizar a situação os trabalhadores voltam ”, ressaltou.
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Nesta semana, as universidades Católica e Lusíada anunciaram a suspensão de contratos com todos os colaboradores.
A Aiespa endereçou uma carta na segunda-feira ao Governo e ainda não obteve resposta. Os associados, na missiva, pedem que se reconsidere o decreto que suspende as aulas e fazem propostas para que se permita algum tipo de actividade “como acontece com alguns países”. “Angola não é único país com a covid-19”, enfatiza Laurindo Viagem.
Em resposta a quem acusa as instituições do ensino privados de estarem a ser pouco patriotas com a suspensão de contratos, Laurindo Viagem rebate que quem o faz ou está a fazer por “má-fé” ou por “ignorância, porque a dificuldade das instituições já vem de antes”.
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