Sindicato desencoraja despedimentos no BPC

O Sindicado Nacional dos Empregados Bancários de Angola aconselhou, esta sexta-feira, a direcção do Banco de Poupança e Crédito (BPC) a recuar na sua decisão de despedir trabalhadores.

A instituição bancária anunciou, recentemente, que vai encerrar 53 agências/postos de atendimento, a partir do dia 13 de Julho próximo, em várias províncias do país.
Esse passo marcará o início do processo de despedimento de pessoal no maior banco público do país, que viu os seus activos deterioram-se nos últimos sete anos, com prejuízos acumulados, até dezembro de 2019, de 404,7 mil milhões de kwanzas.

A redução do pessoal resulta de um conjunto de medidas adoptadas para reduzir os custos operacionais, que actualmente são de longe superiores aos proveitos, segundo o seu presidente, André Lopes.

O redirecionamento da força de trabalho obedecerá modalidades de reforma antecipada, "out charsing" de serviços auxiliares, extinção de postos de trabalho, decorrentes de encerramento de agências, e rescisão contratual por mútuo acordo.

Consciente do momento difícil que o país enfrenta e tendo em conta a responsabilidade social do BPC, o conselho de administração propõe-se a recompensar cada colaborador afectado neste processo, através de um pacote de compensações e benefícios.

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Além das indenizações prevista na Lei Geral de Trabalho, o banco propõe-se em proceder a indenizações calculadas nos termos da Lei Geral de Trabalho e acrescida de uma compensação financeira de 20 por cento.

Os trabalhadores afectados também poderão beneficiar de perdão de crédito, até ao montante global de 15 milhões de kwanzas, desde que contraído até 31 de Março de 2020, concessão de crédito até três milhões de kwanzas, para início da actividade económica e pagamento de duas ações de formação profissional por cada colaborador.

Para os colaboradores a serem abrangidos pelos despedimentos por mútuo acordo, o banco promete a manutenção do seguro de saúde durante seis meses.
Na esteira desse processo, vai despedir um terço da força de trabalho, contabilizada em 4800, o que implicará um esforço de tesouraria de 18 mil milhões de kwanzas.

Além desta e outras medidas, o banco, que vive uma crise crónica de liquidez, definiu uma recapitalização avaliada em 748,3 mil milhões de kwanzas, no período de 2020.

Entretanto, o Sindicado Nacional dos Empregados Bancários de Angola anunciou, em comunicado de imprensa, que pondera convocar, em breve, os trabalhadores do BPC para uma assembleia destinada à convocação de uma manifestação pacífica ou greve.

"Não obstante os apelos, a administração do banco decidiu iniciar o processo de despedimento, assumindo  todos os riscos que este tipo de procedimento acarreta", lê-se na nota.

 De acordo com o sindicato, a manifestação ou greve poderá acontecer caso o Conselho de Administração do BPC não recue no processo de despedimento  de trabalhadores.

A Comissão Sindical do BPC e o Secretariado Executivo Nacional avançam terem dialogado permanente com a administração do banco, a fim de criar políticas de reconversão da força de trabalho excedentária que se prevê despedir, sem sucesso.

Para tal, dizem ter sugerido a adopção de "soluções versáteis que salvaguardem a estabilidade do emprego e conseguintemente dos postos de trabalho".

Entretanto, o sindicado assume o compromisso de tudo fazer, até esgotar as possibilidades de negociação junto da direcção do BPC, para encontrar uma solução menos radical.
A Angop tentou, sem efeito, ouvir a versão da administração do BPC sobre a intensão do sindicato de
 reunir os trabalhadores e avançar para uma possível greve.

Saiba mais sobre este assunto, clicando neste link https://youtu.be/PGWL1feGLeA

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