Homem disparar contra mãe e filho por não respeitarem o distanciamento social

Um homem foi preso na Flórida após efetuar um disparo num hotel, quando exigia a uma mulher e seu filho que mantivessem o distanciamento social recomendado, em meio ao aumento das tensões pela gravidade da pandemia em uma sociedade fortemente armada.

Douglas Marks, de 29 anos, estava na última segunda-feira no saguão de um hotel em Miami Beach, uma ilha turística no sul da Flórida, quando confrontou dois hóspedes.

Segundo Marks, a mulher chamada Verónica Peña e seu filho não estavam respeitando o distanciamento social sugerido para impedir a propagação da COVID-19.

“Tu não estás a manter a distância recomendada”, disse Marks, de acordo com o relatório policial de Miami Beach obtido pela AFP nesta quarta-feira. “Vocês todos têm que ir.”

A mulher e o filho ignoraram Marks e sentaram-se em um sofá de costas para ele.

Nesse momento, Peña ouviu Marks dizer: “Deixe-me cuidar deles, há pessoas aqui que não respeitam o distanciamento social”.

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Então ela ouviu vários tiros e fugiu para fora do hotel. Não houve feridos.

Quando a polícia chegou, Marks confessou ter tirado a arma da mochila e disparado quatro tiros como forma de “aviso”.

Ele foi preso por agressão agravada por uso de arma mortal, e por atirar com uma arma em público, entre outras acusações.

Uma testemunha que não quis se identificar disse à Local10 que o homem tinha atingido a mulher e a criança.

Na Flórida, o ambiente é tenso, principalmente em Miami, onde se concentra um quarto dos casos de coronavírus do estado.

Atualmente, um em cada 50 cidadãos da Flórida são diagnosticados com a COVID-19, e o número de mortos chega a 6.333.

Na última semana, um outro homem foi preso ao ameaçar com uso de arma uma pessoa que lhe pediu para usar máscara numa loja da Walmart.

A Flórida é um estado com leis negligentes no que se refere a compra e venda de armas, apesar de ter registrado dois dos mais mortais tiroteios da história dos Estados Unidos: um em Orlando, que deixou 49 mortos em 2016, e outro em Parkland, com 17 mortos, em 2018.

AFP

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